PATRICIA PORTUGUES
PROF. PATRICIA - PORTUGUES - 1ºA,1º,1ºC,3ºA e 3ºB
ATIVIDADE
JULHO - 1º ANO A, B e C.
ATENÇÃO: NÃO ESQUEÇA DE PÔR NOME, NÚMERO E SÉRIE;
NÃO ESQUEÇA DE ENVIAR SOMENTE AS RESPOSTAS,
PREFERENCIALMENTE DIGITADAS.
SE
FOR FOTO DO CADERNO, AS ATIVIDADES DEVEM SER FEITAS À CANETA E A FOTO DEVE
ESTAR LEGÍVEL;
Leia
A literatura (do
latim littera,
que significa “letra”) Ela representa comunicação, linguagem e criatividade,
sendo considerada a arte das palavras. Trata-se, portanto, de uma manifestação
artística, em prosa ou verso, muito antiga que utiliza das palavras para criar
arte, ou seja, a matéria prima da literatura são as palavras.
O TROVADORISMO
O trovadorismo foi
a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII,
ainda na época da formação do Estado nacional português.
Sua primeira manifestação foi em 1189 foi a Cantiga da Ribeirinha
ou Cantiga da Garvaia, de Paio Soares de Taveirós.
Os trovadores eram, em geral, artistas de origem nobre, que
escreviam e cantavam as cantigas (poesias cantadas) com o acompanhamento de
instrumentos musicais. A reunião em livro dos manuscritos ficou conhecida como
“Cancioneiro”. Ao todo, são três: Cancioneiro da Biblioteca, Cancioneiro da
Ajuda e Cancioneiro da Vaticana.
Os artistas mais famosos são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares
de Taveirós, João Garcia de Guilhade e Aires Nunes.
Este período da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, época
do início do Quinhentismo. Nessa época, a Igreja
possuía considerável influência tanto no aspecto político e econômico, quanto
no cultural, artístico e literário. Dessa forma, predominava a visão
teocêntrica, voltada a Deus, sendo o homem bastante religioso e entregando sua
vida à vontade divina. A Igreja Católica tinha uma função de destaque,
influenciando inclusive as produções artísticas e literárias.
No que diz respeito ao aspecto político-econômico, predominava o
sistema denominado de “Feudalismo”, no qual o poder era
descentralizado e o direito de governar concentrava-se nas mãos de um senhor
feudal que tinha plenos poderes sobre todos os servos e vassalos que
trabalhavam em suas terras. Este senhor, também chamado de “suserano”, cedia a
posse de parte de suas terras a um vassalo, que, por sua vez, se comprometia a
cultivá-las, repassando parte da produção ao senhor. Em troca, recebiam
proteção militar e judicial no caso de possíveis ataques e invasões. Essa
relação de subordinação recebeu o nome de vassalagem. Tal característica, como
será exposto a seguir, desempenha um papel fundamental na elaboração das
cantigas.
Escritas em galego-português, as cantigas são divididas em:
Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo) e Satíricas (Cantigas de
Escárnio e Cantigas de Maldizer).
Nas Cantigas de Amor, o trovador costumava destacar as qualidades
da mulher amada, colocando-se sempre em posição de vassalo, termo que, na Idade
Média, significa “inferior”. O tema mais desenvolvido é o do amor não
correspondido. Postando-se como vassalo, o trovador espera receber da amada
(suserana) um benefício em troca de seus “serviços” artísticos e amorosos.
As Cantigas de Amigo também versam sobre temas amorosos, no
entanto, o eu-lírico é uma mulher, embora os autores fossem homens. Assim, o
termo “amigo” assume o significado de “namorado”. O principal tema consiste na
lamentação da mulher pela falta do amado.
Nas Cantigas de Escárnio, as sátiras eram indiretas, com uso de duplo
sentido, de modo que o nome da pessoa satirizada nunca aparecia.
Já nas Cantigas de Maldizer, haviam sátiras diretas e não raras
eram as agressões verbais com o uso de palavrões. O nome da pessoa muitas vezes
aparecia.
Quanto ao trovadorismo responda:
1- O movimento
passou-se em que época?
2- Porque
tem esse nome?
3- Quais
eram as manifestações escritas?
4-
O contexto do feudalismo
influenciava na produção das cantigas. Explique como.
5- Qual
foi a primeira produção escrita em português, e quando isso aconteceu?
6- Quem eram os principais trovadores?
7- O
que é cancioneiro?
8- Como
era a influência da igreja naquela época?
ATIVIDADE 2
Texto 1-
Ribeirinha
No mundo non me sei pareiha,
Mentre me for como me vai,
Ca já moiro por vós – e ai!
Mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
Quando vos eu vi em saia!
Mau dia me levantei,
Que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, dês aquel di’, ai!
Me foi a mim mui mal,
E vós, filha de don Paai
Moniz, e bem vos semelha
D’haver eu por vós guarvaia,
Pois, eu, mia senhor, d’alfaia
Nunca de vós houve nen hei
Valia d’ua Correa.
No mundo non me sei pareiha,
Mentre me for como me vai,
Ca já moiro por vós – e ai!
Mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
Quando vos eu vi em saia!
Mau dia me levantei,
Que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, dês aquel di’, ai!
Me foi a mim mui mal,
E vós, filha de don Paai
Moniz, e bem vos semelha
D’haver eu por vós guarvaia,
Pois, eu, mia senhor, d’alfaia
Nunca de vós houve nen hei
Valia d’ua Correa.
Tradução do texto 1 em português moderno.
No mundo não conheço quem se compare
A mim enquanto eu viver como vivo,
Pois eu moro por vós – ai!
Pálida senhora de face rosada,
Quereis que eu vos retrate
Quando eu vos vi sem manto!
Infeliz o dia em que acordei,
Que então eu vos vi linda!
E, minha senhora, desde aquele dia, ai!
As coisas ficaram mal para mim,
E vós, filha de Dom Paio
Moniz, tendes a impressão de
Que eu possuo roupa luxuosa para vós,
Pois, eu, minha senhora, de presente
Nunca tive de vós nem terei
O mimo de uma correia.
(Paio Soares de Taveirós)
Texto 2-
(música – Paulinho Moska)
Eu estou pensando
em você
Pensando em nunca mais
Pensar em te esquecer
Pois quando penso em você
Pensando em nunca mais
Pensar em te esquecer
Pois quando penso em você
É quando não me sinto
só
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com a chuva dos
verões
Com o desenho das maçãs
Com você me sinto bem
Com o desenho das maçãs
Com você me sinto bem
Eu estou pensando
em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando
em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando
em você
Pensando em nunca mais
Pensar em te esquecer
Pois quando penso em você
Pensando em nunca mais
Pensar em te esquecer
Pois quando penso em você
É quando não me
sinto só
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com a chuva dos verões
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com a chuva dos verões
Com o desenho das
maçãs
Com você me sinto bem
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Com você me sinto bem
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando…
https://www.youtube.com/watch?v=BAt3TYQvo0M (Ouça a música)
Responda:
1-
Quantos versos tem a cantiga (Texto 1)?
2- O eu lírico é masculino ou feminino? Ele fala
com quem?
3- O
sentimento do eu lírico é correspondido? Explique.
4- Dê
duas características da cantiga que se enquadre em cantiga de amor.
5- No
que eu poderia dizer que a música do Paulinho Moska se assemelha a uma cantiga
de amigo trovadoresca?
6- Na
canção de Moska há rimas? Dê exemplos de palavras que rimam.
7- O
que as cantigas de Taveirós e Moska têm em comum?
8- Em
relação à linguagem, qual é formal e qual é informal? Dê exemplos que
justifiquem sua resposta.
9- O
texto de Paio Soares de Taveirós foi escrito na Idade Média. De acordo com o
texto sobre o trovadorismo, como ele era divulgado? E a música de Moska é
divulgada da mesma maneira? Comente.
10- De
acordo com o texto do trovadorismo, explique por que na cantiga de Paio Soares,
ele se dirige à mulher por Senhora?
enviar atividades para o e-mail:
patriciaalves72@hotmail.com
ATIVIDADES PARA OS 3ºA e 3ºB
ATENÇÃO: NÃO ESQUEÇA DE PÔR NOME, NÚMERO E SÉRIE;
AS ATIVIDADES DEVEM SER FEITAS À CANETA E A
FOTO DEVE ESTAR LEGÍVEL;
NÃO ESQUEÇA DE ENVIAR SOMENTE AS RESPOSTAS,
PREFERENCIALMENTE DIGITADAS.
PARA A ATIVIDADE
1:
Leia:
”FALTA AMOR NO MUNDO, MAS
TAMBÉM FALTA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO”
6 de Novembro,
2017 (publicado originalmente na Revista Bula por Lara Brenner)
Que me perdoem os analistas de funções, tabelas, números complexos e
logaritmos, mas desenvolvi uma teoria baseada em nada além do que meus próprios
olhos e ouvidos vêm testemunhando há tempos: considerável parte do desamor que
paira hoje no mundo se deve à incapacidade de interpretação de texto. Sim,
senhores. A incompreensão da Língua tem deixado as línguas (e os dedos
frenéticos que navegam pelos teclados) mais intolerantes, emburrecidos e
inacreditavelmente loucos.
Talvez esse bizarro fenômeno se deva à carência de ideologias e
certezas, que fizeram Bauman (o sociólogo da moda, salve, salve!) enxergar a
“liquidez” da modernidade e a fragilidade de referências. Talvez seja apenas
falta do que fazer e uma intensa carência de reconhecimento nas mídias sociais.
Ou quem sabe Umberto Eco estivesse certo ao afirmar que as redes sociais deram
voz aos imbecis. “Normalmente, eles (os imbecis) eram imediatamente calados,
mas agora têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel.” Viva a democracia
virtual!
Fato é que a imbecilidade se tem traduzido em palavras vindas de mentes
que não sabem compreender… palavras! Eros versus Pasquale, Afrodite versus
Bilac e a falta de amor no mundo se reduziu a uma simples questão de semântica.
Qualquer manifestação minimamente opinativa e já tiram — sabe-se lá de que
cartola mágica — uma interpretação maliciosa, completamente descontextualizada
e muitas vezes motivada pela leitura de mero título ou pela escolha de imagem
ilustrativa.
Só que a falta de compreensão se estende para além das redes virtuais.
Basta que haja qualquer debate numa mesa de bar e “Calma lá, meu chapa, não foi
isso que eu disse…”, “Você entendeu errado…”, “Não foi isso que eu quis dizer…”
E, de repente, não se diferencia mais quem não sabe falar de quem não sabe
entender. O quadro se torna insustentável quando se adicionam como ingredientes
hipérbole, metáfora e principalmente ironia fina. Fina mesmo é a distância
entre o soco e o infeliz nariz daquele que não se faz compreender.
É claro que o praticante da incompreensão textual jamais se entenderá
como parte da porcentagem de analfabetos funcionais. Se as pesquisas apontam
que apenas 8% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são capazes de se expressar e
de compreender plenamente, ele estará no meio. Se fossem 2%, ele estaria no
meio. Se apenas um único brasileiro fosse capaz de interpretar texto,
certamente seria ele. O drama da incompreensão é que ela distorce a análise de
si. Somos textos ambulantes, afinal.
“Estou farto de todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de
si mesmo.”, disse Manuel Bandeira, sem saber que, tanto tempo depois, estaria
nadando de braçada na (in)compreensão baseada em conteúdo distorcido ou jamais
dito por aquele que toma porrada. Nunca se capitularam tantas frases fora de
seu contexto, Manuel.
Está faltando amor no mundo, mas disso pelo menos todo mundo sabe. O que
falta entender é que falta principalmente interpretação de texto. E quem sabe o
mundo possa se amar mais quando todos realmente falarem a mesma língua.
* ( Título emprestado de Leonardo
Sakamoto)
Responda:
1- O texto acima é um
artigo de opinião? Explique de acordo com sua estrutura.
2- Qual é a tese
defendida pelo autor do texto?
3- Apesar do texto ser
argumentativo, conta com uma dose de humor e ironia. Cite um trecho. E explique
o efeito irônico.
4- Qual a função
social de um artigo de opinião? Onde ele pode ser veiculado?
5- No segundo parágrafo
do texto há uma argumentação com base em especialistas. Em relação ao autor do
texto, o que isso significa?
6- Quem foram os
especialistas citados no segundo parágrafo? Pesquise.
7- O que ele quer
dizer com “Erus versus Pasquale e Afrodite versus Bilac” no terceiro parágrafo?
Pesquise.
8- Explicite a
situação narrada
no quarto parágrafo.
9- De acordo com o segundo parágrafo e o que você
tem lido nas redes sociais, como muitas pessoas têm se comportado?
10- O que o autor quis
dizer com “ É claro que o praticante da incompreensão textual jamais se
entenderá como parte da porcentagem de analfabetos funcionais”?
PARA A ATIVIDADE 2:
E você, o que pensa sobre o comportamento das pessoas nas redes sociais?
Escreva um pequeno texto com estrutura de artigo de opinião discorrendo
sobre o assunto e que atenda à seguinte estrutura:
TESE: o primeiro parágrafo- explicite como tem sido e como você vê essas
relações.
ARGUMENTO: convença o leitor sobre sua visão explicitada na tese.
CONCLUSÃO: conclua o texto com uma crítica ou dê uma proposta de solução
para o problema.
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