ARTES - PROFESSORA JULIA
ATIVIDADES PARA 0 6º ANO A - B - C (ATIVIDADE3)
Ensino Fundamental II – 6ºs anos A, B e C
EE Padre Antão
ARTE – Professora Julia
SP faz Escola
Caderno do Aluno
6º ano Volume 2
DANÇAS FOLCLÓRICAS
Tiveram suas origens através das culturas europeia, indígena e africanas.
Importante manifestação cultural específica de um povo e de uma região que retrata suas raízes
através das danças, músicas, trajes típicos etc., e que são transmitidas também de geração para
geração.
No Brasil, o Frevo, originado em Pernambuco, e o Carimbó, da região do Amazonas, são danças
consideradas patrimônio cultural imaterial brasileiro.
No estado de São Paulo temos ainda o Jongo, o Fandango e a Catira.
Esses são exemplos de danças brasileiras e paulistas que traduzem a tradição e os costumes do
povo de uma determinada região.
RUDOLF LABAN (1879-1958) foi dançarino, coreógrafo e artista dedicado ao estudo e
sistematização da linguagem do movimento. Através de seus estudos e notações, dividiu os fatores
do movimento em 4 categorias, as quais iremos comentar na sequência.
ESPAÇO – É no espaço onde a dança acontece. Os movimentos criados pelo corpo são
influenciados pelo espaço e nele encontramos a cinesfera – que é o que determina a extensão dos
movimentos do corpo, suas flexões e deslocamentos.
FLUÊNCIA – É o movimento contínuo, uniforme e progressivo, que parte do tronco do corpo às
extremidades dos membros, de forma controlada, mas fluente ao mesmo tempo.
PESO – São forças utilizadas pelo corpo em relação aos movimentos. O peso dá o suporte à
verticalidade, estabilidade e segurança. Existem duas qualificações para a denominação do peso que
são “leves” (suaves) e “firmes” (resistentes).
TEMPO – É o que define na dança os movimentos rápido, lento e moderado (ritmos métricos). Com
ele é possível definir a duração, o ritmo, a pulsação etc.
Atividade 1 - Sondagem
- RESPONDA NO CADERNO AS 10 QUESTÕES QUE ESTÃO NAS PÁGINAS 7 e 8
Atividade 2 - Apreciação
- ESCREVA EM SEU CADERNO O QUE VOCE VÊ NAS IMAGENS 1, 2 e 3 NA PÁGINA 8
APRECIAÇÃO – ASSISTA AOS VÍDEOS 1, 2, 3, 4, 5, e 6
DANÇAS FOLCLORICAS REGIONAIS BRASILEIRAS
Vídeo sobre a dança folclórica brasileira, além da construção poética das músicas.
O vídeo faz parte do acervo do Instituto Brincante, que é um grupo formado por artistas que
pesquisam a cultura nacional, além de oferecer cursos sobre a cultura popular brasileira, tendo como
um de seus integrantes o artista e músico Antônio Nóbrega, nascido em Recife e que sempre esteve
envolvido no mundo da arte, o levando a desenvolver projetos envolvendo artes cênicas e música
com um olhar para o folclore.
Vídeos de danças folclóricas, de diferentes regiões do Brasil.
Observarem a história e as características de cada dança, além dos elementos constitutivos e/ou
fatores do movimento (peso, fluência, tempo e espaço).
1. https://www.youtube.com/watch?v=EX8aUTyw2gA
(15 minutos)
● Região Sudeste – Catira: Bandeirante Paulista. Catira, uma dança paulista – Tradições de São
Paulo (Ibiúna-SP)
Este vídeo apresenta uma reportagem sobre a origem da Catira (ou Cateretê), assim como a
proximidade dos passos com algumas danças indígenas (conforme estudos de Câmara Cascudo) e
a possível influência desses passos na catequização dos índios por José de Anchieta. Questione os
estudantes se alguns dos passos apresentados são conhecidos por eles, visto que alguns remetem
aos passos das quadrilhas juninas.
2. https://www.youtube.com/watch?v=C7l2W7PRRd0
(6 minutos)
● Região Norte – Carimbó: Cultura Ecebh. Carimbó – Balé Brasil –
Danças Folclóricas Brasileiras. 2016.
Já na dança do Carimbó, os movimentos são executados com a ajuda do figurino das dançarinas,
sendo o espaço bem explorado por giros e a dança em roda. Há momentos em que elas dançam
sozinhas, como também em duplas ou no grupo. Converse com os estudantes se eles observam
diferenças entre os fatores do movimento entre as danças.
3. https://www.youtube.com/watch?v=kPBF3bsOYJI
(4 minutos)
● Região Centro-Oeste - São Gonçalo: Carlos Acesp.
Dança de “São Gonçalo ACESP. 2017.
Atenção para a coreografia. Aborda o uso dos arcos floridos que, assim como a saia no carimbó,
fazem parte da coreografia.
4. https://www.youtube.com/watch?v=jTP-4XTRJc
(3 minutos)
● Região Nordeste – Xaxado: Programa diversidade. Nordeste é Xaxado.
O vídeo apresenta um pequeno documentário sobre a origem do Xaxado, tanto os passos quanto o
figurino, que remetem aos cangaceiros. A dança, por vezes, é apresentada individualmente, em
duplas, ou em grupo, mas sempre com a arma em punho, como se ela fosse o par do dançarino.
A coreografia é bem cênica, quase teatral, pois alguns passos parecem que os dançarinos estão
preparando a terra para a plantação.
5. https://www.youtube.com/watch?v=EQtjfoClDvg
(6 minutos)
● Região Sul – Chimarrita: ENART. JuvENART 2019 – CTG Rancho de Gaudérios – Chimarrita.
2019.
Diferente das demais danças, a Chimarrita apresenta algo mais leve e tranquilo, como se os
dançarinos estivessem fazendo a “corte” às damas. São passos mais contidos, delicados, a trilha
sonora é mais melódica, assim como o figurino remete ao período colonial.
6. https://www.youtube.com/watch?v=fyVRgcdXKxA
(3 minutos)
- PREENCHA A FICHA DE ANOTAÇÕES DA PÁGINA 9
- FAÇA UM DESENHO REPRESENTANDO O QUE MAIS VOCÊ GOSTOU NAS DANÇAS QUE VIU
NOS VÍDEOS (NO CADERNO DE DESENHO)
Para sanar dúvidas, estou à disposição pelo e-mail
Fotografe as tarefas feitas e envie para Professora Julia
juliartrocha@gmail.com - Nome, número e série no campo ASSUNTO
ARTE – Professora Julia
SP faz Escola
Caderno do Aluno
7º ano
Para leitura atenta
A Linguagem da Dança - Apresentação
A dança é uma linguagem artística, a linguagem do corpo em movimento.
A dança possibilita o desenvolvimento da sensibilidade e da motricidade, simultaneamente.
O domínio do movimento na dança propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas
possibilidades de expressão e comunicação de sensações, sentimentos e pensamentos.
O refinamento do corpo em movimento encontra-se articulado à expressividade e à
criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual) e social (relacional),
assim como processos de memória, imaginação, concepção, e criação em dança nos
âmbitos artístico e estético.
A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de
danças urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um
teatro, no cinema e na televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de
acontecimentos e aos sujeitos que a vivenciam e que a desfrutam como público.
Todas as pessoas podem dançar.
Dançar implica em aprender sobre o movimento que aborda: o espaço nas suas relações de
direções, níveis e planos; e o tempo nas relações de pulsos, ritmos, pausa e velocidades
com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão sempre presentes.
Você aluno, terá oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança nestas
atividades, tendo experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem,
expandindo as possibilidades de formação e de participação social.
A “EUCINÉTICA” estuda a expressividade dos movimentos, dividindo-os em quatro fatores
expressivos, que são subdivididos em propriedades ou de movimentos.
Estas qualidades não são estanques, podendo ser aumentadas ou diminuídas.
São fatores do movimento: espaço, fluxo ou fluência, peso e tempo.
ESPAÇO – É no espaço que a dança acontece. Os movimentos criados pelo corpo são
influenciados pelo espaço e nele encontramos a Cinesfera (ou Kinesfera), que é o que
determina a extensão dos movimentos do corpo, suas flexões e deslocamentos.
O Espaço se subdivide nos seguintes tópicos:
Cinesfera (Kinesfera) - Os movimentos criados pelo corpo são influenciados pelo espaço
e nele encontramos a Cines fera - que é o que determina a extensão dos movimentos do
corpo, suas flexões e deslocamentos. É um espaço imaginário que impõe uma limitação do
corpo do dançarino ao limite natural do espaço pessoal.
O uso do espaço pode se dar de duas formas, conforme a qualidade do movimento:
1 • Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido,
sem o deslocamento, a envergadura, dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um
percurso direto para atingir um ponto definido.
2 • Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções. Figura 1- Cinesfera –
Fonte: Desenho de Raphael Pedretti/ Miracatu-SP/2019.
FLUÊNCIA – É o movimento contínuo, uniforme e progressivo. Partem do tronco do corpo
às extremidades dos membros com movimentos controlados, mas fluentes ao mesmo
tempo. Pode ser dividido entre livre e controlado.
PESO – São forças utilizadas pelo corpo em relação aos movimentos. O peso dá o suporte
à verticalidade, à estabilidade e à segurança. Existem duas qualificações para denominação
do peso, que são leves (suaves) e firmes (resistentes).
TEMPO – É o que define na dança os movimentos rápido, lento e moderado (ritmos
métricos). Com ele é possível definir a duração, o ritmo, a pulsação etc.
Pode ser dividido em:
1 - Rápido: Quando o dançarino mantém a aceleração constante de um movimento sem
alterações.
2 - Moderado: É o meio termo entre um movimento corporal rápido e um lento.
3 - Lento: Quando o dançarino reduz a velocidade constantemente dos movimentos
corporais quase até parar.
Por meio dos registros pré-históricos de pinturas rupestres, é possível constatar que a
dança acompanha a história do homem.
Os movimentos de ritmos estão retratados nos desenhos das cavernas.
A dança na História da humanidade expressou, em diferentes ocasiões da vida, o
nascimento, a morte, a fartura, a chuva, as divindades, as crenças, a ligação do homem
com Deus etc.
O desenvolvimento da dança em sua história tradicional e contemporânea entre as Danças
clássicas. Na dança e nos modos como se desenvolveu no decorrer da história, podemos
perceber como o corpo tem sido visto, pensado e modificado.
Na dança clássica, o corpo do dançarino, mesmo se movimentando com elevado grau de
domínio técnico, tenta dominar sua natureza, refinando seus movimentos.
Em um primeiro momento, ele nos parece, por suas posições corporais, mais estático,
buscando demonstrar a clareza das linhas dos movimentos.
Vale lembrar que o que atualmente chamamos de dança clássica é, na verdade, um
conjunto de conceitos que engloba o balé da côrte (da época do rei francês Luís XIV), o
balé da ação (do século XVIII, época do importante maître de ballet Jean-Georges Noverre),
o balé romântico e o balé clássico, que trouxe as sapatilhas de ponta – fator importante na
imposição desse modelo –, as dançarinas pálidas e etéreas, e as histórias fantásticas de
cisnes e princesas, nas quais há um modelo de mulher frágil e delicada determinada por um
corpo magro, franzino, que evidencia as linhas e os ângulos tão valorizados por essa dança
e a qualidade de movimento aéreo, extremamente leve, contra a gravidade.
A redução do peso corporal é condição obrigatória em muitas companhias, e o coreógrafo
George Balanchine teve papel importante no processo de cristalização desse padrão, ao
reforçá-lo em um período (décadas de 1960 e 1970) em que muitos artistas
experimentavam exatamente a diversidade de corpos em cena.
Algumas palavras-chave sintetizam a dança clássica: posições, verticalidade, frontalidade,
rotação externa dos membros inferiores, virtuose, sapatilhas de ponta, precisão, movimento
aéreo, leve, contra a gravidade; corpo do dançarino, fábulas etc.
Na dança moderna, o corpo quebrou o protocolo das formas da dança clássica,
abandonando as posições dos braços, das pernas e dos pés, e buscando também o chão
como espaço de atuação.
Retirando as sapatilhas, a dança moderna colocou os pés no chão e passou também a usar
o tronco para expressar emoções, anseios e ideias. Desse modo, a dança moderna buscou,
inicialmente, opor-se ao modelo romântico de mulher e de temas.
Em geração antecedente, Isadora Duncan foi exemplo de outra vertente em que se buscou
a espontaneidade de movimentos e formas – um corpo mais livre, tanto da rigidez
acadêmica da dança clássica quanto da restrição de movimentos imposta por roupas
(corpetes e espartilhos) e calçados (sapatilhas de ponta), que inibiam a movimentação e a
livre expressão do corpo. São artistas visionários da dança moderna: Isadora Duncan, Ruth
Saint-Denis, Louie Füller, Rudolf Von Laban, Mary Wigman, Martha Graham. Algumas
palavras-chave da dança moderna: corpo do dançarino, mitos, uso do chão, liberdade
de movimento, plexo solar, mobilidade do tronco etc.
ATIVIDADES
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Responda em seu caderno, com caneta, o questionário da página 6
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
MOMENTO 1 – APRECIAÇÃO DE IMAGENS
Escreva em seu caderno com caneta, tudo o que conseguiu observar em cada uma
das imagens da página 7
MOMENTO 2 – APRECIAÇÃO DE VÍDEOS
Assista os vídeos abaixo e ao final faça um desenho criativo sobre eles em seu
caderno de desenho
1.“O Lago dos Cisnes” – São Paulo Companhia de Dança
www.youtube.com/watch?v=OhE6BhWNAYE
Neste vídeo, é possível assistir um clássico de 1817, montado nos dias de hoje com toda a
tecnologia da produção contemporânea da dança.
2. “Parabelo” do ano de 1997, do coreógrafo Rodrigo Pederneiras.
www.youtube.com/watch?v=e0UEsriM35I
Rodrigo Pederneiras explora na obra os ritmos da cultura brasileira com a música de Tom
Zé/José Miguel Wisnik. A coreografia materializa o traço que mais tem distinguido a obra de
Rodrigo Pederneiras: o trânsito entre a arte popular e a arte erudita. Aqui, estas fronteiras
estão dissolvidas.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Nesta segunda Situação de aprendizagem você irá experimentar e analisar os fatores de
movimento (Tempo, Peso, Fluência e Espaço), elementos que combinados, geram as ações
corporais e o movimento dançado.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Responda em seu caderno, com caneta, o questionário da página 9
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Assista ao vídeo 1 e observe os movimentos em solo, duetos e do corpo de baile.
Analise como se locomovem pelo ambiente e como exploram os fatores do movimento.
“The Concert (or The Perils of Everybody)”, fragmento da obra criada por Jerome
Robbins do Canal Balletoman.com
www.youtube.com/watch?v=Y7GKaBKZ6EA&list=RDY7GKaBKZ6EA&
Responda em seu caderno com caneta, as questões a seguir
1. O que chamou mais a atenção nesta apresentação? Será que os “erros” que
aconteceram durante a apresentação são propositais ou realmente foram acidentais?
2. Quando observamos a ação em cena, dá para perceber que existe uma relação entre o
som, o movimento e o espaço? Por quê?
3. É possível perceber na apresentação a categoria: ESPAÇO? Como as bailarinas utilizam
este fator do movimento na dança?
4. E sobre a categoria TEMPO, podemos perceber como se desenvolve na apresentação?
É rápido, moderado ou lento?
5. Como você percebe o fator PESO? É leve, forte ou apresentam uma variação?
6. E a FLUÊNCIA, é livre ou controlada?
7. Para você, estas categorias do movimento ocorrem separadamente, ou tudo está inter-
relacionado nesta apresentação?
Agora, assista aos dois vídeos 2 e 3 e responda as questões abaixo
2. “Thought of You – by Ryan Woodward”, do canal do artista: Ryan Woodwar
www.youtube.com/watch?v=OBk3ynR
Embora seja uma animação, podemos observar a movimentação dos personagens pelo
ambiente. Repare que esta coreografia conta uma história!
3. “Thought of you” do canal de André Sena
www.youtube.com/watch?v=K6T6EDtz5H8
Registre suas ideias, conceitos e observações respondendo:
1. Qual dos dois você mais gostou de assistir? Por quê?
2. O que podemos perceber sobre os fatores do movimento nesta coreografia?
3. Dentro da categoria ESPAÇO, quais são os elementos utilizados na movimentação?
Exemplifique quando isso ocorre na apresentação.
4. Percebemos que existe um determinado ritmo na apresentação, isto possui influência
pelo Tempo, Peso e Fluência?
Eles variam durante a apresentação ou continuam se
mantendo da mesma forma desde o início até ao término da apresentação?
Para sanar dúvidas, estou à disposição pelo e-mail
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ARTE – Professora Julia
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Caderno do Aluno
8º ano
DANÇA
RUDOLF LABAN (Rudolf Laban (1879-1958) foi um dançarino, coreógrafo e artista húngaro
que se dedicou ao estudo e desenvolvimento de um método e sistematização da linguagem
da dança e do movimento.
Através de seus estudos e notações, desenvolveu a Corêutica e Eucinética, que compõem
o movimento em si.
A Corêutica estuda a relação do corpo com o espaço e o desenvolvimento dos movimentos
dançados. Fazem parte da Corêutica o espaço relacionado ao espaço que o corpo
desenvolve ao dançar. Aqui estão os planos ou níveis da dança, o deslocamento no espaço
e as direções para quais o corpo se projeta ao dançar.
Deslocamento - É o percurso utilizado pelo dançarino, respeitando as marcações
específicas de uma determinada coreografia. Existem várias maneiras para execução dos
percursos (deslocamentos) na dança. Girar, correr, andar, saltar e/ou se arrastar são
algumas delas. Esses “caminhos” podem ser percorridos de formas retas ou curvas, e
serem feitos individual ou coletivamente, exemplos:
• Forma Direta: é quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido,
sem o deslocamento, a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um
percurso direto para atingir um ponto definido.
• Forma Flexível: é quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.
Dimensão – A dimensão é a que define a orientação no espaço e se estende entre duas
direções opostas. São elas: amplitude (largura), comprimento (altura) e profundidade.
Direção – São os sentidos (trajetos) por onde o movimento percorre, tendo como ponto
inicial o centro do corpo do dançarino. São elas: Frente, Trás, Lado, Diagonais, em cima e
em baixo.
Planos ou Níveis – São relacionados aos planos alto, médio e baixos. Espaços referentes
à altura dos movimentos. Os níveis são definidos pelos movimentos do corpo no espaço
que vão da altura da cintura, abaixo dela ou acima da cabeça.
A Eucinética estuda a expressividade dos movimentos, dividindo-os em quatro fatores
expressivos que são divididos em propriedades de movimentos. Estas qualidades não são
estanques, podendo ser aumentadas ou diminuídas.
São fatores do movimento: espaço, fluxo ou fluência, peso e tempo.
ESPAÇO – É no espaço que a dança acontece. Os movimentos criados pelo corpo são
influenciados pelo espaço, e nele encontramos a Cinesfera (ou Kinesfera), que é o que
determina a extensão dos movimentos do corpo, suas flexões e deslocamentos.
O Espaço se subdivide nos seguintes tópicos:
Cinesfera (Kinesfera) – É um espaço imaginário que impõe um limite ao corpo do
dançarino ao limite natural do espaço pessoal.
O uso do espaço pode se dar de duas formas, conforme a qualidade do movimento:
• Forma Direta: é quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento, a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
Figura 2 – Fonte: Direção - Desenho de Raphael Pedretti da Silva/Miracatu/ 2019.
Figura 3 – Cinesfera - Desenho de Raphael Pedretti
• Forma Flexível: é quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.
FLUÊNCIA – É o movimento contínuo, uniforme e progressivo. Partem do tronco do corpo
às extremidades dos membros com movimentos controlados, mas fluentes ao mesmo
tempo. Pode ser dividido entre livre e controlado.
PESO – São forças utilizadas pelo corpo em relação aos movimentos. O peso dá o suporte
à verticalidade, estabilidade e segurança. Existem duas qualificações para denominação do
peso que são leves (suaves) e firmes (resistentes).
TEMPO – É o que define na dança os movimentos rápido, lento e moderado (ritmos
métricos). Com ele é possível definir a duração, o ritmo, a pulsação etc.
Pode ser dividido em:
Rápido, quando o dançarino mantém a aceleração constante de um movimento sem
alterações;
Moderado, o meio termo entre o um movimento corporal rápido e um lento;
Lento, quando o dançarino reduz a velocidade constantemente dos movimentos corporais
quase até parar.
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Responda em seu caderno com caneta, as questões a seguir
1. Você costuma prestar atenção em seu corpo? Quais são os movimentos que seu corpo
consegue fazer?
2. Em qual posição você fica a maior parte do tempo na sala de aula? Você se senta
corretamente? Conhece os ossos e as articulações do corpo?
3. Quais partes do corpo você pode dobrar, esticar ou torcer?
4. Você conhece os fatores do movimento em dança? Quais são eles?
5. Você já assistiu alguma apresentação de dança africana? Se sim, fale sobre a expressão,
representação e encenação do espetáculo. Quais foram as suas impressões?
6. Você conhece artistas, bailarinos ou grupos de danças paulistas? Quais?
7. Você já assistiu apresentações de danças indígenas? Se sim, comente sobre a
expressão, representação e encenação. Quais foram as suas impressões?
8. Quais grupos ou corpo de dança indígena você conhece?
9. Você já assistiu apresentações de danças afro-brasileiras? Se sim, comente sobre a
expressão, representação e encenação. Quais foram as suas impressões?
10. Quais grupos ou corpo de dança afro-brasileiro você conhece?
11. O que tem em comum na dança das três culturas: africana, indígena e afro brasileira? E
o que é divergente?
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Assista aos vídeos abaixo para apreciação de imagens de formas de expressão,
representação e encenação de danças de matrizes indígenas, africanas e afro-brasileiras, e
de danças criadas por artistas, grupos e coletivos paulistas e brasileiros em diferentes
épocas.
DEPOIS DE ASSISTIR AOS VIDEOS PREENCHA O ROTEIRO QUE ESTÁ NA PÁGINA 8
DO CADERNO DO ALUNO
Frevo Pernambucano
https://www.youtube.com/watch?v=6XruFqqeq9o
Masaka Boys Dancing Viva África
https://www.youtube.com/watch?time_continue=82&v=h9-r8We8xvw&feature=emb_title
Vídeo de Dança Indígena: “Canto Sagrado da Mãe Terra - Tribo Fulni-ô - Aldeia Multiétnica”
de São Jorge, Goiás
https://www.youtube.com/watch?v=P19razaEaRg
Dança Contemporânea: Kuarup, ou a questão do índio
https://www.youtube.com/watch?v=8GLwkFLYYoA
ATIVIDADE 3 – PESQUISA
Pesquise e escreva o resultado de sua pesquisa no caderno (use CANETA)
Escolha entre as danças relacionadas no quadro abaixo
- Uma dança folclórica de origem indígena
- Uma dança africana
- Duas danças afro-brasileiras
Danças folclóricas de origem indígena: Cateretê ou Catira, Cururu, Sarabaquê ou Dança da
Santa Cruz, Sairê do extremo norte do Brasil, Folguedos Populares; e Dança dos Tapuias e
Pássaros Branco, etc.
Danças Africanas: Ahouach, Guedra, Schikatt, Gnawa, Kizomba e Semba.
Danças afro-brasileiras: Capoeira, Congada, Jongo, Maracatu, Carnaval, Tambor de Crioula,
Jongo, Frevo, Jongo, Batuque, Bambelô, Tambor de Crioula, Tambor de Taboca, Tambor de Mina,
Carimbó, Congada, Cavalhada, Congo, Banda de Congo, Banda de Pífano, Dança do Parafuso,
Punga de Pernada, Umbigada, Embolada, Boi de Reis, Boi da Manta, Bumba Meu Boi, Folia de
Reis, Fado, Auto do Quilombo, Chimarrita, Vaquejada, Fandango do Pontal, Fandango de
Tamancos, Catira, Cateretê, Maculelê, Repente, Frevo, Maxixe, Gafieira, Xote, Pastoril dramático,
Lapinhas, Samba, Samba de Aboio, Samba de Roda, Samba de Breque, Samba de Enredo e
Carnaval .
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DANÇAS FOLCLÓRICAS
Tiveram suas origens através das culturas europeia, indígena e africanas.
Importante manifestação cultural específica de um povo e de uma região que retrata suas raízes
através das danças, músicas, trajes típicos etc., e que são transmitidas também de geração para
geração.
No Brasil, o Frevo, originado em Pernambuco, e o Carimbó, da região do Amazonas, são danças
consideradas patrimônio cultural imaterial brasileiro.
No estado de São Paulo temos ainda o Jongo, o Fandango e a Catira.
Esses são exemplos de danças brasileiras e paulistas que traduzem a tradição e os costumes do
povo de uma determinada região.
RUDOLF LABAN (1879-1958) foi dançarino, coreógrafo e artista dedicado ao estudo e
sistematização da linguagem do movimento. Através de seus estudos e notações, dividiu os fatores
do movimento em 4 categorias, as quais iremos comentar na sequência.
ESPAÇO – É no espaço onde a dança acontece. Os movimentos criados pelo corpo são
influenciados pelo espaço e nele encontramos a cinesfera – que é o que determina a extensão dos
movimentos do corpo, suas flexões e deslocamentos.
FLUÊNCIA – É o movimento contínuo, uniforme e progressivo, que parte do tronco do corpo às
extremidades dos membros, de forma controlada, mas fluente ao mesmo tempo.
PESO – São forças utilizadas pelo corpo em relação aos movimentos. O peso dá o suporte à
verticalidade, estabilidade e segurança. Existem duas qualificações para a denominação do peso que
são “leves” (suaves) e “firmes” (resistentes).
TEMPO – É o que define na dança os movimentos rápido, lento e moderado (ritmos métricos). Com
ele é possível definir a duração, o ritmo, a pulsação etc.
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Atividade 2 - Apreciação
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APRECIAÇÃO – ASSISTA AOS VÍDEOS 1, 2, 3, 4, 5, e 6
DANÇAS FOLCLORICAS REGIONAIS BRASILEIRAS
Vídeo sobre a dança folclórica brasileira, além da construção poética das músicas.
O vídeo faz parte do acervo do Instituto Brincante, que é um grupo formado por artistas que
pesquisam a cultura nacional, além de oferecer cursos sobre a cultura popular brasileira, tendo como
um de seus integrantes o artista e músico Antônio Nóbrega, nascido em Recife e que sempre esteve
envolvido no mundo da arte, o levando a desenvolver projetos envolvendo artes cênicas e música
com um olhar para o folclore.
Vídeos de danças folclóricas, de diferentes regiões do Brasil.
Observarem a história e as características de cada dança, além dos elementos constitutivos e/ou
fatores do movimento (peso, fluência, tempo e espaço).
1. https://www.youtube.com/watch?v=EX8aUTyw2gA
(15 minutos)
● Região Sudeste – Catira: Bandeirante Paulista. Catira, uma dança paulista – Tradições de São
Paulo (Ibiúna-SP)
Este vídeo apresenta uma reportagem sobre a origem da Catira (ou Cateretê), assim como a
proximidade dos passos com algumas danças indígenas (conforme estudos de Câmara Cascudo) e
a possível influência desses passos na catequização dos índios por José de Anchieta. Questione os
estudantes se alguns dos passos apresentados são conhecidos por eles, visto que alguns remetem
aos passos das quadrilhas juninas.
2. https://www.youtube.com/watch?v=C7l2W7PRRd0
(6 minutos)
● Região Norte – Carimbó: Cultura Ecebh. Carimbó – Balé Brasil –
Danças Folclóricas Brasileiras. 2016.
Já na dança do Carimbó, os movimentos são executados com a ajuda do figurino das dançarinas,
sendo o espaço bem explorado por giros e a dança em roda. Há momentos em que elas dançam
sozinhas, como também em duplas ou no grupo. Converse com os estudantes se eles observam
diferenças entre os fatores do movimento entre as danças.
3. https://www.youtube.com/watch?v=kPBF3bsOYJI
(4 minutos)
● Região Centro-Oeste - São Gonçalo: Carlos Acesp.
Dança de “São Gonçalo ACESP. 2017.
Atenção para a coreografia. Aborda o uso dos arcos floridos que, assim como a saia no carimbó,
fazem parte da coreografia.
4. https://www.youtube.com/watch?v=jTP-4XTRJc
(3 minutos)
● Região Nordeste – Xaxado: Programa diversidade. Nordeste é Xaxado.
O vídeo apresenta um pequeno documentário sobre a origem do Xaxado, tanto os passos quanto o
figurino, que remetem aos cangaceiros. A dança, por vezes, é apresentada individualmente, em
duplas, ou em grupo, mas sempre com a arma em punho, como se ela fosse o par do dançarino.
A coreografia é bem cênica, quase teatral, pois alguns passos parecem que os dançarinos estão
preparando a terra para a plantação.
5. https://www.youtube.com/watch?v=EQtjfoClDvg
(6 minutos)
● Região Sul – Chimarrita: ENART. JuvENART 2019 – CTG Rancho de Gaudérios – Chimarrita.
2019.
Diferente das demais danças, a Chimarrita apresenta algo mais leve e tranquilo, como se os
dançarinos estivessem fazendo a “corte” às damas. São passos mais contidos, delicados, a trilha
sonora é mais melódica, assim como o figurino remete ao período colonial.
6. https://www.youtube.com/watch?v=fyVRgcdXKxA
(3 minutos)
- PREENCHA A FICHA DE ANOTAÇÕES DA PÁGINA 9
- FAÇA UM DESENHO REPRESENTANDO O QUE MAIS VOCÊ GOSTOU NAS DANÇAS QUE VIU
NOS VÍDEOS (NO CADERNO DE DESENHO)
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juliartrocha@gmail.com - Nome, número e série no campo ASSUNTO
ATIVIDADES PARA 0S 7º AN0S A - B - C ( ATIVIDADE 3)
SP faz Escola
Caderno do Aluno
7º ano
Para leitura atenta
A Linguagem da Dança - Apresentação
A dança é uma linguagem artística, a linguagem do corpo em movimento.
A dança possibilita o desenvolvimento da sensibilidade e da motricidade, simultaneamente.
O domínio do movimento na dança propicia a ampliação de repertórios gestuais, novas
possibilidades de expressão e comunicação de sensações, sentimentos e pensamentos.
O refinamento do corpo em movimento encontra-se articulado à expressividade e à
criatividade, envolvendo processos de consciência corporal (individual) e social (relacional),
assim como processos de memória, imaginação, concepção, e criação em dança nos
âmbitos artístico e estético.
A dança está presente no salão de baile, nos desfiles de Carnaval, em um encontro de
danças urbanas ou na roda de samba na rua, no pátio de uma escola, no palco de um
teatro, no cinema e na televisão. As danças têm funções e sentidos ligados ao contexto de
acontecimentos e aos sujeitos que a vivenciam e que a desfrutam como público.
Todas as pessoas podem dançar.
Dançar implica em aprender sobre o movimento que aborda: o espaço nas suas relações de
direções, níveis e planos; e o tempo nas relações de pulsos, ritmos, pausa e velocidades
com e no próprio corpo, tendo a ação e a reflexão sempre presentes.
Você aluno, terá oportunidade de conhecer, apreciar, criar e viver a dança nestas
atividades, tendo experiências com sentido e ligadas ao mundo dessa linguagem,
expandindo as possibilidades de formação e de participação social.
A “EUCINÉTICA” estuda a expressividade dos movimentos, dividindo-os em quatro fatores
expressivos, que são subdivididos em propriedades ou de movimentos.
Estas qualidades não são estanques, podendo ser aumentadas ou diminuídas.
São fatores do movimento: espaço, fluxo ou fluência, peso e tempo.
ESPAÇO – É no espaço que a dança acontece. Os movimentos criados pelo corpo são
influenciados pelo espaço e nele encontramos a Cinesfera (ou Kinesfera), que é o que
determina a extensão dos movimentos do corpo, suas flexões e deslocamentos.
O Espaço se subdivide nos seguintes tópicos:
Cinesfera (Kinesfera) - Os movimentos criados pelo corpo são influenciados pelo espaço
e nele encontramos a Cines fera - que é o que determina a extensão dos movimentos do
corpo, suas flexões e deslocamentos. É um espaço imaginário que impõe uma limitação do
corpo do dançarino ao limite natural do espaço pessoal.
O uso do espaço pode se dar de duas formas, conforme a qualidade do movimento:
1 • Forma Direta: É quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido,
sem o deslocamento, a envergadura, dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um
percurso direto para atingir um ponto definido.
2 • Forma Flexível: É quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções. Figura 1- Cinesfera –
Fonte: Desenho de Raphael Pedretti/ Miracatu-SP/2019.
FLUÊNCIA – É o movimento contínuo, uniforme e progressivo. Partem do tronco do corpo
às extremidades dos membros com movimentos controlados, mas fluentes ao mesmo
tempo. Pode ser dividido entre livre e controlado.
PESO – São forças utilizadas pelo corpo em relação aos movimentos. O peso dá o suporte
à verticalidade, à estabilidade e à segurança. Existem duas qualificações para denominação
do peso, que são leves (suaves) e firmes (resistentes).
TEMPO – É o que define na dança os movimentos rápido, lento e moderado (ritmos
métricos). Com ele é possível definir a duração, o ritmo, a pulsação etc.
Pode ser dividido em:
1 - Rápido: Quando o dançarino mantém a aceleração constante de um movimento sem
alterações.
2 - Moderado: É o meio termo entre um movimento corporal rápido e um lento.
3 - Lento: Quando o dançarino reduz a velocidade constantemente dos movimentos
corporais quase até parar.
Por meio dos registros pré-históricos de pinturas rupestres, é possível constatar que a
dança acompanha a história do homem.
Os movimentos de ritmos estão retratados nos desenhos das cavernas.
A dança na História da humanidade expressou, em diferentes ocasiões da vida, o
nascimento, a morte, a fartura, a chuva, as divindades, as crenças, a ligação do homem
com Deus etc.
O desenvolvimento da dança em sua história tradicional e contemporânea entre as Danças
clássicas. Na dança e nos modos como se desenvolveu no decorrer da história, podemos
perceber como o corpo tem sido visto, pensado e modificado.
Na dança clássica, o corpo do dançarino, mesmo se movimentando com elevado grau de
domínio técnico, tenta dominar sua natureza, refinando seus movimentos.
Em um primeiro momento, ele nos parece, por suas posições corporais, mais estático,
buscando demonstrar a clareza das linhas dos movimentos.
Vale lembrar que o que atualmente chamamos de dança clássica é, na verdade, um
conjunto de conceitos que engloba o balé da côrte (da época do rei francês Luís XIV), o
balé da ação (do século XVIII, época do importante maître de ballet Jean-Georges Noverre),
o balé romântico e o balé clássico, que trouxe as sapatilhas de ponta – fator importante na
imposição desse modelo –, as dançarinas pálidas e etéreas, e as histórias fantásticas de
cisnes e princesas, nas quais há um modelo de mulher frágil e delicada determinada por um
corpo magro, franzino, que evidencia as linhas e os ângulos tão valorizados por essa dança
e a qualidade de movimento aéreo, extremamente leve, contra a gravidade.
A redução do peso corporal é condição obrigatória em muitas companhias, e o coreógrafo
George Balanchine teve papel importante no processo de cristalização desse padrão, ao
reforçá-lo em um período (décadas de 1960 e 1970) em que muitos artistas
experimentavam exatamente a diversidade de corpos em cena.
Algumas palavras-chave sintetizam a dança clássica: posições, verticalidade, frontalidade,
rotação externa dos membros inferiores, virtuose, sapatilhas de ponta, precisão, movimento
aéreo, leve, contra a gravidade; corpo do dançarino, fábulas etc.
Na dança moderna, o corpo quebrou o protocolo das formas da dança clássica,
abandonando as posições dos braços, das pernas e dos pés, e buscando também o chão
como espaço de atuação.
Retirando as sapatilhas, a dança moderna colocou os pés no chão e passou também a usar
o tronco para expressar emoções, anseios e ideias. Desse modo, a dança moderna buscou,
inicialmente, opor-se ao modelo romântico de mulher e de temas.
Em geração antecedente, Isadora Duncan foi exemplo de outra vertente em que se buscou
a espontaneidade de movimentos e formas – um corpo mais livre, tanto da rigidez
acadêmica da dança clássica quanto da restrição de movimentos imposta por roupas
(corpetes e espartilhos) e calçados (sapatilhas de ponta), que inibiam a movimentação e a
livre expressão do corpo. São artistas visionários da dança moderna: Isadora Duncan, Ruth
Saint-Denis, Louie Füller, Rudolf Von Laban, Mary Wigman, Martha Graham. Algumas
palavras-chave da dança moderna: corpo do dançarino, mitos, uso do chão, liberdade
de movimento, plexo solar, mobilidade do tronco etc.
ATIVIDADES
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Responda em seu caderno, com caneta, o questionário da página 6
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
MOMENTO 1 – APRECIAÇÃO DE IMAGENS
Escreva em seu caderno com caneta, tudo o que conseguiu observar em cada uma
das imagens da página 7
MOMENTO 2 – APRECIAÇÃO DE VÍDEOS
Assista os vídeos abaixo e ao final faça um desenho criativo sobre eles em seu
caderno de desenho
1.“O Lago dos Cisnes” – São Paulo Companhia de Dança
www.youtube.com/watch?v=OhE6BhWNAYE
Neste vídeo, é possível assistir um clássico de 1817, montado nos dias de hoje com toda a
tecnologia da produção contemporânea da dança.
2. “Parabelo” do ano de 1997, do coreógrafo Rodrigo Pederneiras.
www.youtube.com/watch?v=e0UEsriM35I
Rodrigo Pederneiras explora na obra os ritmos da cultura brasileira com a música de Tom
Zé/José Miguel Wisnik. A coreografia materializa o traço que mais tem distinguido a obra de
Rodrigo Pederneiras: o trânsito entre a arte popular e a arte erudita. Aqui, estas fronteiras
estão dissolvidas.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II
Nesta segunda Situação de aprendizagem você irá experimentar e analisar os fatores de
movimento (Tempo, Peso, Fluência e Espaço), elementos que combinados, geram as ações
corporais e o movimento dançado.
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Responda em seu caderno, com caneta, o questionário da página 9
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Assista ao vídeo 1 e observe os movimentos em solo, duetos e do corpo de baile.
Analise como se locomovem pelo ambiente e como exploram os fatores do movimento.
“The Concert (or The Perils of Everybody)”, fragmento da obra criada por Jerome
Robbins do Canal Balletoman.com
www.youtube.com/watch?v=Y7GKaBKZ6EA&list=RDY7GKaBKZ6EA&
Responda em seu caderno com caneta, as questões a seguir
1. O que chamou mais a atenção nesta apresentação? Será que os “erros” que
aconteceram durante a apresentação são propositais ou realmente foram acidentais?
2. Quando observamos a ação em cena, dá para perceber que existe uma relação entre o
som, o movimento e o espaço? Por quê?
3. É possível perceber na apresentação a categoria: ESPAÇO? Como as bailarinas utilizam
este fator do movimento na dança?
4. E sobre a categoria TEMPO, podemos perceber como se desenvolve na apresentação?
É rápido, moderado ou lento?
5. Como você percebe o fator PESO? É leve, forte ou apresentam uma variação?
6. E a FLUÊNCIA, é livre ou controlada?
7. Para você, estas categorias do movimento ocorrem separadamente, ou tudo está inter-
relacionado nesta apresentação?
Agora, assista aos dois vídeos 2 e 3 e responda as questões abaixo
2. “Thought of You – by Ryan Woodward”, do canal do artista: Ryan Woodwar
www.youtube.com/watch?v=OBk3ynR
Embora seja uma animação, podemos observar a movimentação dos personagens pelo
ambiente. Repare que esta coreografia conta uma história!
3. “Thought of you” do canal de André Sena
www.youtube.com/watch?v=K6T6EDtz5H8
Registre suas ideias, conceitos e observações respondendo:
1. Qual dos dois você mais gostou de assistir? Por quê?
2. O que podemos perceber sobre os fatores do movimento nesta coreografia?
3. Dentro da categoria ESPAÇO, quais são os elementos utilizados na movimentação?
Exemplifique quando isso ocorre na apresentação.
4. Percebemos que existe um determinado ritmo na apresentação, isto possui influência
pelo Tempo, Peso e Fluência?
Eles variam durante a apresentação ou continuam se
mantendo da mesma forma desde o início até ao término da apresentação?
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ATIVIDADES PARA OS 8º ANOS A - B
ARTE – Professora Julia
SP faz Escola
Caderno do Aluno
8º ano
DANÇA
RUDOLF LABAN (Rudolf Laban (1879-1958) foi um dançarino, coreógrafo e artista húngaro
que se dedicou ao estudo e desenvolvimento de um método e sistematização da linguagem
da dança e do movimento.
Através de seus estudos e notações, desenvolveu a Corêutica e Eucinética, que compõem
o movimento em si.
A Corêutica estuda a relação do corpo com o espaço e o desenvolvimento dos movimentos
dançados. Fazem parte da Corêutica o espaço relacionado ao espaço que o corpo
desenvolve ao dançar. Aqui estão os planos ou níveis da dança, o deslocamento no espaço
e as direções para quais o corpo se projeta ao dançar.
Deslocamento - É o percurso utilizado pelo dançarino, respeitando as marcações
específicas de uma determinada coreografia. Existem várias maneiras para execução dos
percursos (deslocamentos) na dança. Girar, correr, andar, saltar e/ou se arrastar são
algumas delas. Esses “caminhos” podem ser percorridos de formas retas ou curvas, e
serem feitos individual ou coletivamente, exemplos:
• Forma Direta: é quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido,
sem o deslocamento, a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um
percurso direto para atingir um ponto definido.
• Forma Flexível: é quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.
Dimensão – A dimensão é a que define a orientação no espaço e se estende entre duas
direções opostas. São elas: amplitude (largura), comprimento (altura) e profundidade.
Direção – São os sentidos (trajetos) por onde o movimento percorre, tendo como ponto
inicial o centro do corpo do dançarino. São elas: Frente, Trás, Lado, Diagonais, em cima e
em baixo.
Planos ou Níveis – São relacionados aos planos alto, médio e baixos. Espaços referentes
à altura dos movimentos. Os níveis são definidos pelos movimentos do corpo no espaço
que vão da altura da cintura, abaixo dela ou acima da cabeça.
A Eucinética estuda a expressividade dos movimentos, dividindo-os em quatro fatores
expressivos que são divididos em propriedades de movimentos. Estas qualidades não são
estanques, podendo ser aumentadas ou diminuídas.
São fatores do movimento: espaço, fluxo ou fluência, peso e tempo.
ESPAÇO – É no espaço que a dança acontece. Os movimentos criados pelo corpo são
influenciados pelo espaço, e nele encontramos a Cinesfera (ou Kinesfera), que é o que
determina a extensão dos movimentos do corpo, suas flexões e deslocamentos.
O Espaço se subdivide nos seguintes tópicos:
Cinesfera (Kinesfera) – É um espaço imaginário que impõe um limite ao corpo do
dançarino ao limite natural do espaço pessoal.
O uso do espaço pode se dar de duas formas, conforme a qualidade do movimento:
• Forma Direta: é quando os movimentos lineares e retos ocupam um espaço definido, sem
o deslocamento, a envergadura dos braços, das pernas e do tronco. É traçar um percurso
direto para atingir um ponto definido.
Figura 2 – Fonte: Direção - Desenho de Raphael Pedretti da Silva/Miracatu/ 2019.
Figura 3 – Cinesfera - Desenho de Raphael Pedretti
• Forma Flexível: é quando os movimentos do corpo ocupam vários espaços ao mesmo
tempo, utilizando os deslocamentos, as envergaduras e as torções.
FLUÊNCIA – É o movimento contínuo, uniforme e progressivo. Partem do tronco do corpo
às extremidades dos membros com movimentos controlados, mas fluentes ao mesmo
tempo. Pode ser dividido entre livre e controlado.
PESO – São forças utilizadas pelo corpo em relação aos movimentos. O peso dá o suporte
à verticalidade, estabilidade e segurança. Existem duas qualificações para denominação do
peso que são leves (suaves) e firmes (resistentes).
TEMPO – É o que define na dança os movimentos rápido, lento e moderado (ritmos
métricos). Com ele é possível definir a duração, o ritmo, a pulsação etc.
Pode ser dividido em:
Rápido, quando o dançarino mantém a aceleração constante de um movimento sem
alterações;
Moderado, o meio termo entre o um movimento corporal rápido e um lento;
Lento, quando o dançarino reduz a velocidade constantemente dos movimentos corporais
quase até parar.
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1 – SONDAGEM
Responda em seu caderno com caneta, as questões a seguir
1. Você costuma prestar atenção em seu corpo? Quais são os movimentos que seu corpo
consegue fazer?
2. Em qual posição você fica a maior parte do tempo na sala de aula? Você se senta
corretamente? Conhece os ossos e as articulações do corpo?
3. Quais partes do corpo você pode dobrar, esticar ou torcer?
4. Você conhece os fatores do movimento em dança? Quais são eles?
5. Você já assistiu alguma apresentação de dança africana? Se sim, fale sobre a expressão,
representação e encenação do espetáculo. Quais foram as suas impressões?
6. Você conhece artistas, bailarinos ou grupos de danças paulistas? Quais?
7. Você já assistiu apresentações de danças indígenas? Se sim, comente sobre a
expressão, representação e encenação. Quais foram as suas impressões?
8. Quais grupos ou corpo de dança indígena você conhece?
9. Você já assistiu apresentações de danças afro-brasileiras? Se sim, comente sobre a
expressão, representação e encenação. Quais foram as suas impressões?
10. Quais grupos ou corpo de dança afro-brasileiro você conhece?
11. O que tem em comum na dança das três culturas: africana, indígena e afro brasileira? E
o que é divergente?
ATIVIDADE 2 – APRECIAÇÃO
Assista aos vídeos abaixo para apreciação de imagens de formas de expressão,
representação e encenação de danças de matrizes indígenas, africanas e afro-brasileiras, e
de danças criadas por artistas, grupos e coletivos paulistas e brasileiros em diferentes
épocas.
DEPOIS DE ASSISTIR AOS VIDEOS PREENCHA O ROTEIRO QUE ESTÁ NA PÁGINA 8
DO CADERNO DO ALUNO
Frevo Pernambucano
https://www.youtube.com/watch?v=6XruFqqeq9o
Masaka Boys Dancing Viva África
https://www.youtube.com/watch?time_continue=82&v=h9-r8We8xvw&feature=emb_title
Vídeo de Dança Indígena: “Canto Sagrado da Mãe Terra - Tribo Fulni-ô - Aldeia Multiétnica”
de São Jorge, Goiás
https://www.youtube.com/watch?v=P19razaEaRg
Dança Contemporânea: Kuarup, ou a questão do índio
https://www.youtube.com/watch?v=8GLwkFLYYoA
ATIVIDADE 3 – PESQUISA
Pesquise e escreva o resultado de sua pesquisa no caderno (use CANETA)
Escolha entre as danças relacionadas no quadro abaixo
- Uma dança folclórica de origem indígena
- Uma dança africana
- Duas danças afro-brasileiras
Danças folclóricas de origem indígena: Cateretê ou Catira, Cururu, Sarabaquê ou Dança da
Santa Cruz, Sairê do extremo norte do Brasil, Folguedos Populares; e Dança dos Tapuias e
Pássaros Branco, etc.
Danças Africanas: Ahouach, Guedra, Schikatt, Gnawa, Kizomba e Semba.
Danças afro-brasileiras: Capoeira, Congada, Jongo, Maracatu, Carnaval, Tambor de Crioula,
Jongo, Frevo, Jongo, Batuque, Bambelô, Tambor de Crioula, Tambor de Taboca, Tambor de Mina,
Carimbó, Congada, Cavalhada, Congo, Banda de Congo, Banda de Pífano, Dança do Parafuso,
Punga de Pernada, Umbigada, Embolada, Boi de Reis, Boi da Manta, Bumba Meu Boi, Folia de
Reis, Fado, Auto do Quilombo, Chimarrita, Vaquejada, Fandango do Pontal, Fandango de
Tamancos, Catira, Cateretê, Maculelê, Repente, Frevo, Maxixe, Gafieira, Xote, Pastoril dramático,
Lapinhas, Samba, Samba de Aboio, Samba de Roda, Samba de Breque, Samba de Enredo e
Carnaval .
Para sanar dúvidas, estou à disposição pelo e-mail
Fotografe as tarefas feitas e envie para Professora Julia
juliartrocha@gmail.com - Nome, número e série no campo ASSUNTO
para quem e do 7*ano aqui esta o link completo
ResponderExcluirhttps://youtu.be/OBk3ynRbtsw
A prof* esqueceu de terminar o link do 7 ano .Pensando em vc ,https://youtu.be/OBk3ynRbtsw
ResponderExcluirprecisa copiar as perguntas?
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