PATRICIA PORTUGUES ATV 5

 PROF. PATRICIA - PORTUGUES - 1ºA, 1ºB, 1ºC, 3ºA e 3ºB



ATIVIDADES PARA O 1ºA, 1ºB e 1ºC    


                  

 ATENÇÃO:  NÃO ESQUEÇA DE PÔR NOME, NÚMERO E SÉRIE;       

 NÃO ESQUEÇA DE ENVIAR SOMENTE AS RESPOSTAS, PREFERENCIALMENTE DIGITADAS.

SE FOR FOTO DO CADERNO, AS ATIVIDADES DEVEM SER FEITAS À CANETA E A FOTO DEVE ESTAR LEGÍVEL;

ATIVIDADE 1-

Panorama

O Renascimento

Como vimos na atividade anterior, no Humanismo começou a ocorrer a mudança da visão teocêntrica medieval para uma visão antropocêntrica. Deus e a religião foram deixando de ser o centro das preocupações, e o ser humano começou a ser considerado a razão da existência do Universo. A Renascença difundiu-se na Europa durante os séculos XV e XVI e aboliu costumes e instituições que haviam dominado essa região por quase mil anos.

Renascimento ou Renascença foi um movimento artístico, científico e filosófico que teve início na Itália nos séculos XV e XVI e pregava o retorno aos ideais da Antiguidade greco-latina, principalmente a valorização do ser humano e de suas capacidades. No período renascentista, houve também um grande desenvolvimento tecnológico, econômico e científico. Muitas das conquistas da época repercutem até hoje na vida das pessoas.

Inovações tecnológicas

O período do Renascimento foi marcado pela expansão marítima e por inovações científicas e tecnológicas, como o desenvolvimento da astronomia, o aprimoramento das técnicas de navegação, a invenção da bússola, da pólvora e da imprensa. A invenção da imprensa, por exemplo, propiciou a disseminação de ideias e de conhecimentos, promovendo a evolução da produção literária da Europa. Tudo isso marcou profundamente a sociedade da Renascença, modificando sua visão de mundo e, consequentemente, sua produção artística.



Características e consequências do Renascimento

O Renascimento é considerado pelos historiadores o início da Idade Moderna. Nesse período, ocorreram também grandes revoluções políticas, econômicas e culturais, entre elas:

• a decadência dos senhores feudais;

• a substituição da economia de subsistência feudal pelas atividades comerciais;

• a ascensão da burguesia, que enriquecia graças ao comércio;

• o surgimento de novas profissões e o desenvolvimento de pequenas indústrias artesanais;

• o financiamento das criações artísticas pela burguesia (mecenato);

• a perda do monopólio da arte pela Igreja;

• o início do Absolutismo, regime em que o poder se concentrava nas mãos dos reis.

Com o desenvolvimento das cidades, novas formas de relacionamento social, decorrentes da vida urbana, substituíram as relações fechadas da sociedade feudal.



A visão de mundo renascentista

No Renascimento, o ser humano voltou o seu olhar sobre si mesmo. Ressurgiram os estudos nos campos das ciências humanas, nos quais o próprio ser humano tornou-se objeto de observação, ao mesmo tempo em que era o observador.

Classicismo em Portugal

Embora na Itália o Classicismo tenha se insinuado em meados do século XIII, é apenas em 1527, com Sá de Miranda, que o movimento tem início em Portugal. Influenciado pelo dolce stil nuovo, “doce estilo novo”, em tradução livre, que aprendera na Itália, Sá de Miranda introduz à literatura o gênero do soneto decassílabo, que ficaria conhecido como “medida nova”, em oposição à “medida velha”, a das redondilhas (cinco ou sete sílabas métricas).

Foi predominante no Classicismo português a temática do neoplatonismo, escola filosófica que retomava a filosofia amorosa de Platão, tratando o amor não a partir da sensualidade, mas por seu viés filosófico e religioso. Além disso, os poetas do período valorizaram sobretudo os grandes feitos nacionais, as conquistas do povo português, assunto da poesia épica. Pode-se entender, portanto, que o Classicismo em Portugal voltou-se para dois principais temas: amor e bravura.

Principais autores e obras

·         Francisco de Sá de Miranda (Coimbra, 1481 – Amares, 1558)

Precursor do Classicismo português, foi o responsável pela introdução do verso decassílabo em Portugal. Teve algumas poesias publicadas no Cancioneiro geral (1516), compilado antológico da poesia humanista.

Introduziu também, em língua portuguesa, as formas da canção da sextina e as produções em tercetos e em oitavas, sendo responsável pela formação dos poetas portugueses, tendo grande influência na literatura que se desenvolveu no período.

Eram parte de suas temáticas a reflexão moral, filosófica e política, além do lirismo amoroso. Escreveu também textos dramatúrgicos e cartas em forma de verso.

·         Luís Vaz de Camões (1524/1525-1580)

O berço de nascimento de Camões é incerto: provavelmente Lisboa, provavelmente em 1524 ou 1525, mas as cidades de Coimbra, Santarém e Alenquer também reivindicam ser o local onde o poeta nasceu.

De origem fidalga, Camões teve uma educação sólida e era conhecedor de históriageografia e literatura. Deu início ao curso de Teologia na Universidade de Coimbra, que abandonou por levar uma vida incompatível com os preceitos religiosos. Conquistador, Camões teve muitas paixões e seus versos eram muito prestigiados pelas damas da corte.

Envolveu-se em duelos e fez inimizades, o que o levou a alistar-se e embarcar, como soldado, para Ceuta, lutando contra os mouros e perdendo o olho direito em combate. Já em liberdade, embarcou para a Índia, em 1554, e viveu também em Macau. Salvou-se de um naufrágio em 1556, levando consigo os originais de sua mais célebre obra, o poema épico Os Lusíadas. Morreu em Portugal, em 1580.

Camões é considerado o mais importante poeta de língua portuguesa e um dos maiores da literatura universal. Sua produção literária é múltipla e contempla tanto as formas eruditas quanto as formas populares, de trovas, inspiradas em velhas cantigas medievais. A obra de Camões pode ser dividida em dois eixos principais: a poesia lírica e a épica.

lírica camoniana é composta principalmente de temas amorosos, bastante influenciada pelo neoplatonismo, que convive com os temas sensuais, estabelecendo quase sempre uma contradição. As antíteses da presença-ausência, amor espiritual-amor carnal, vida-morte, sonho-realidade são muito presentes em seus poemas, o que o torna um antecipador do movimento maneirista.

Além disso, Camões compôs na chamada “medida velha”, as redondilhas, ligadas à tradição popular, e na “medida nova”, o poema decassílabo, forma preferida para a exposição de temas e sentimentos complexos.

·         Os Lusíadas

Camões ficou muito conhecido por seu trabalho como sonetista, mas sua grande obra foi Os Lusíadas, poema épico de cunho nacionalista que exalta o período das Grandes Navegações portuguesas. Inspirado em Virgílio e Homero pela forma e pelo tema, Camões utiliza-se também da mitologia greco-romana para tecer a epopeia: Baco teria se voltado contra os portugueses, por ser dono dos territórios indianos, e Vênus, por gostar do povo lusitano, estaria a seu favor.

Assim, a viagem real de Vasco da Gama mistura-se a essa narrativa mitológica. Escritos em 10 cantos com oito estrofes cada um, Os Lusíadas é obra de linguagem culta e elevada, conforme a característica da poesia épica, e canta heroicamente os reis e os fidalgos portugueses a partir da conquista dos novos territórios, adicionando também outros episódios gloriosos da história de Portugal.

https://brasilescola.uol.com.br/literatura/classicismo.htm

Texto 1- Soneto nº 11 de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor

Texto 2- 1 Coríntios 13:1-6

 

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.
Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Texto 3

Monte castelo

Legião Urbana

Ainda que eu falasse a lí­ngua do homens
E falasse a lí­ngua do anjos, sem amor eu nada seria

É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece

O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer

Ainda que eu falasse a lí­ngua dos homens
E falasse a lí­ngua dos anjos, sem amor eu nada seria

É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder

É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata a lealdade…

Ouça a música
https://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/monte-castelo.html#play:album:as-quatro-estacoes-ao-vivo

Após a leitura responda:

1-     O Renascimento é considerado o início da era moderna. Principalmente por causa das grandes invenções tecnológicas. Hoje no séc. XXI, vivemos também uma grande era das invenções. Quais das invenções citadas no texto influenciou hoje e quais são as mais usadas por nós?

2-     O que as invenções citadas trouxeram de bom e ruim para a humanidade?

3-     Depois de uma época de grandes críticas no humanismo, o homem começa a pensar nas verdades universais, como por exemplo o fato de o Sol ser uma bola de fogo. Hoje vemos nas redes sociais alguns questionamentos duvidosos sobre essas verdades. Comente.

4-     Nesse século, Sá de Miranda trouxe a medida nova de poesia que é o soneto: com todos os versos decassílabos, ou seja, 10 sílabas poéticas. Consulte o poema de Camões lido e fale sobre sua estrutura: Quantos versos? Quantas estrofes?

 

5-     Como já vimos, o poema lírico é aquele cheio de sentimentalismo e emoções. Fale sobre o lirismo no soneto de Camões.

6-     Camões se baseou no texto bíblico de Corintius para escrever o soneto. E Renato Russo da Banda Legião Urbana se baseou nos dois textos anteriores. Nos três textos, o amor é abordado com o mesmo valor? Comente.

7-     Por que podemos dizer que um texto de mais de 2000 anos, outro de aproximadamente 500 anos e um de 50 anos podem falar do mesmo tema, criando assim a intertextualidade?

8-     Se as pessoas vivessem esse amor citado nos textos, como seria a sociedade?

9-     Você já conhecia esses textos? O que mais chamou a atenção neles.

10-   Muitas pessoas não se encontraram com o hábito de ler, mas usando um meio digital, qual ou quais outras formas podemos enriquecer nosso conhecimento?

Atividade 2

 

Nascida no ano de 1983 no bairro de Jardim Iporanga, periferia Sul de São Paulo, Elizandra viveu dos dois aos 13 anos em Nova Soure (BA), terra natal dos pais. No ano de 1996 retornou a São Paulo e conheceu o hip-hop. Criou um fanzine de poesias, começou a frequentar a Cooperifa no ano de 2004 e participou de um jornal experimental como o objetivo de dar voz à periferia – o “Becos e Vielas”. Em 2006, conquistou uma bolsa universitária pelo Prouni e começou a cursar jornalismo. Foi então que recebeu um convite da Ação Educativa para escrever a Agenda Cultural da Periferia. Confira a entrevista que a poetisa concedeu ao Polifonia Periférica.

 

 

PP – Como vc começou a escrever poemas? Você foi diretamente para a poesia ou passou por outros gêneros? Quais suas maiores influências?

Elizandra  – Eu sempre escrevi mais em diário e não mostrava para ninguém, mas minhas irmãs adoravam roubar para ler escondido, devia ser uma leitura interessante (risos). Em 2001 criei o Fanzine Mjiba e comecei a publicar meus poemas nessa publicação, era uma publicação para divulgar cultura negra e hip hop, minhas descobertas sobre identidades negras ou afro-brasileiras e queria compartilhar com as pessoas. Esse fanzine durou de 2001 a 2005. Mjiba quer dizer Jovem Mulher Revolucionária, palavra da Língua Chona de Zimbabue. Mjibas foram as mulheres guerrilheiras que lutaram pela Independência de seu país – Zimbabue.

Tenho mais afinidade com a poesia, mas escrever alguns contos para publicá-los na Antologia Afro Brasileira Cadernos Negros.

Minhas influencias são várias, mas tenho me focado na escrita de mulheres negras como Conceição Evaristo, Maria Tereza, Paulina Chiziane (Moçambique), Zora Neale Hurston (Afro-americana) e J.Nozipo Maraire (Zimbabue), Alice Walker, Toni Morrison, Dinha, Raquel Almeida, Elisa Lucinda, entre outras.

PP  –  Como você concilia a poesia com o trabalho cotidiano?

Elizandra – Eu tenho o privilégio de fazer a Agenda Cultural da Periferia trabalho na Ação Educativa, uma ONG de Educação e ter um coordenador como Eleilson Leite que me proporciona flexibilidade. Trabalho 5 horas como Jornalista. O restante do meu tempo eu dedico a poesia, frequento aulas de inglês e pilates. E frequento muitas atividades culturais que acontecem nas periferias de SP. Sempre que preciso me ausentar para participar de atividades relacionadas a poesia, é muito tranquilo.

 

PP – De onde vem a inspiração para sua poesia?

Elizandra – A maior inspiração são as minhas vivências, mulheres negras que persistem em condições adversas, sorrisos, alegrias, lutas, elementos da natureza. A minha poesia é banhada de simplicidade, de identificação com a cultura afro-brasileira, as ruas, o Hip Hop me inspira muito.

 

PP  – O que há de mais forte e marcante em sua poesia?

Elizandra – A vontade que o texto revele que eu sou uma mulher negra mesmo que eu não utilize essas duas palavras, as vezes consigo, as vezes não. Mas é essa necessidade de falar da mulher negra, de protestar contra o machismo e o racismo.

 

 

PP – Diga cinco palavras que definem a sua poesia e cinco palavras que definem a mulher Elizandra Souza.

Poesia: Uterina – identidade negra – Feminina – Amor – Fertilidade

Elizandra: Inquieta – Curiosa – Sensível – Observadora – Atenciosa

 

PP – Deixa uma mensagem final.

 

Elizandra – Quero deixar um poema:

 

CALAR O GRITO/GRITAR O SILÊNCIO…

Entoa a canção…
Harmoniza os passos descompassados
Pulsam de vida: a voz, a vida e a rima
As crianças ouvem o silêncio das palavras
Os homens insultam os gritos das crianças
As mulheres desejam os silêncios e os gritos
Os gritos e os silêncios….
Neste ritmo…
O silêncio…
O grito…
O silêncio…
O grito…
O grito…
O silêncio…
No fundo elas vão calar o grito…
E gritar o silêncio…
Calar o grito!
Gritar o silêncio!

Confira a entrevista completa: https://www.polifoniaperiferica.com.br/2012/10/27/entrevista-conheca-um-pouco-da-poetisa-elizandra-souza/

Responda:

 

1-     Qual é o objetivo de uma entrevista?

2-     Quais veículos de comunicação costumam realizar entrevistas?

3-     Existem outros tipos de entrevista, além da jornalística. Cite outro.

4-     Uma entrevista pode ser importante para a sociedade? Explique.

5-     Normalmente numa entrevista são reproduzidas as falas do entrevistador e do entrevistado. Se os relatos forem alterados o que pode acarretar?

6-     Numa entrevista escrita há sinais de pontuação, os quais são muito utilizados. Quais são eles e para que servem?

7-     Para produzir uma entrevista são necessários alguns itens como: definição do tema, roteiro, título e revisão. Por que seguir esses passos é importante?

8-     O entrevistador ao fazer as perguntas utiliza alguns verbos.Exemplos: Como vc começou a escrever poemas? Você foi diretamente para a poesia ou passou por outros gêneros? Como você concilia a poesia com o trabalho cotidiano? De onde vem a inspiração para sua poesia? O que há de mais forte e marcante em sua poesia? Diga cinco palavras que definem a sua poesia e cinco palavras que definem a mulher Elizandra Souza? Qual o objetivo de usar esses verbos?

 

9-     Em todo texto temos elementos conectores, ou seja, palavras que fazem a ligação entre outras palavras ou entre orações.Leia o trecho:  “Eu sempre escrevi mais em diário e não mostrava para ninguém, mas minhas irmãs adoravam roubar para ler escondido, devia ser uma leitura interessante (risos). Em 2001 criei o Fanzine Mjiba e comecei a publicar meus poemas nessa publicação...” Nele temos os conectores mas-e. Qual sentido eles dão para as orações?

10-  No poema, nos dois últimos versos, há um trocadilho com os verbos e substantivos. Como podemos interpretar o efeito desses dois versos?


enviar atividdes e duvidas para o e-mail: 

patriciaalves72@hotmail.com




ATIVIDADES PARA O 3ºA e 3ºB


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 NÃO ESQUEÇA DE ENVIAR SOMENTE AS RESPOSTAS, PREFERENCIALMENTE DIGITADAS.

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ATIVIDADE 1-

A obra literária que conta histórias através de rimas 

 

literatura de cordel é popularmente conhecida como a literatura tradicional da cultura popular brasileira, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, especialmente nos estados do Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e Ceará. 

Os poemas de cordel são escritos em forma de rima acompanhados de algumas ilustrações.

Recitados de forma melódica, o cordel é a divulgação das tradições populares, da arte, além de ter uma grande importância para a manutenção das identidades locais e das tradições literárias de cada região.

Também conhecido como folhetos, eles eram vendidos em feiras, bancas e mercados. O nome de cordel é original de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes.

Origem da literatura de cordel

 

Em países como Espanha, França e Itália, a literatura de cordel começou a ganhar notoriedade no decorrer do século XII, ganhando mais espaço durante o período do Renascimento.

Já no Brasil, o gênero literário chegou através dos portugueses no final do século XVIII. Na segunda metade do século XIX começaram as impressões dos primeiros folhetos brasileiros, com suas próprias características.

Não há limite para a criação dos folhetos, pois temas do cotidiano, religiosos, lendas, episódios históricos, entre outros, podem se encaixar perfeitamente dentro desse segmento.

Repente X Cordel 

Apesar da semelhança entre as duas representações culturais, se destacando no Nordeste do Brasil, o repente e o cordel são manifestações distintas. O repente é interpretado pelos repentistas, e a poesia é encenada de forma improvisada e acompanhada de instrumentos musicais.

Já a literatura de cordel é feita pelos cordelistas, divulgada em folhetos e elaborada por poesia que leva traços da oralidade. 

Características do cordel 


Normalmente ilustrados por gravuras, chamadas de xilogravuras, a literatura de cordel possui uma estrutura de estrofe que pode ter seis, oito ou dez versos. Além disso, algumas características são:

• Presença de rimas, métricas e oralidade;

• Utilização do humor, sarcasmo e ironia;

• Possui uma essência cultural, pois relata tradições culturais regionais e contribui para a continuidade do folclore brasileiro;

• São baratos e por isso atingem um grande público e isso acaba sendo um incentivo à leitura;

Estrutura do cordel

• Quadra – uma estrofe de quatro versos;
• Sextilha – uma estrofe de seis versos;
• Setilha – uma estrofe de sete versos, essa é a mais rara;
• Oitava – uma estrofe de oito versos;
• Quadrão – os três primeiros versos rimam entre si, o quarto com o oitavo e o quinto, o sexto e o sétimo também entre si;
• Décima – uma estrofe de dez versos;
• Martelo – estrofes formadas por decassílabos (estes são muito comuns em desafios e versos heroicos);

Autora:

 

Jarid Arraes (Juazeiro do Norte12 de fevereiro de 1991) é uma escritoracordelista e poeta brasileira, autora dos livros As Lendas de DandaraHeroínas Negras Brasileiras em 15 cordéisUm buraco com meu nome e Redemoinho em dia quente. Atualmente vive em São Paulo, onde criou o Clube da Escrita Para Mulheres. Até o momento, tem mais de 60 títulos publicados em Literatura de Cordel, incluindo a coleção Heroínas Negras na História do Brasil.[1][2]

Texto 1 – Jarid Arraes

 


1-      Qual o assunto abordado no texto 1?

2-      Quanto a estrutura, há quantos versos?

3-      Que tipo de linguagem é utilizada?

4-      No texto 1, qual o sentido do uso das aspas?

 

 

Texto 2:


Texto 3:


Texto 4:

PERFIL DO POLÍTICO BRASILEIRO

Autor: Varneci Nascimento

 

 

Ser enganador, mentir

Enrolar, ser trambiqueiro

Gostar de fazer promessa

 Não pagar, ser trapaceiro

 Eis os requisitos básicos

 Do político brasileiro.

Fazer tudo por dinheiro

Detestar pessoa séria

Não importar se o povo

Tá morrendo na miséria

Quando escutar falar dela

 Achar que isso é pilhéria.

Se a fome deletéria

Castiga um desempregado

Ao saber dessa notícia

 Fingir-se penalizado

Porém, quando for comer

Não lembrar do esfomeado.


Varneci Santos do Nascimento nasceu na cidade de Banzaê, Bahia, no dia 24 de abril de 1978. Revelação da poesia popular, é autor de cerca de 200 folhetos de Cordel. Seu primeiro folheto foi escrito em 1998. Graduado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, profere palestras e ministra oficinas sobre literatura de cordel.


Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/literatura-de-cordel-e-politica/

5-      Qual o assunto tratado no texto 2, 3 e 4?

6-      É comum termos temas sociais nos cordéis, mesmo muitas pessoas tendo em mente que os habitantes do sertão do nordeste não têm instrução, são ignorantes. O que você pensa sobre esse pensamento?

7-      No texto 2, há vários pontos de interrogação. Que intenção o uso quer causar no leitor?

8-      Há quem diga que não gosta de ler poemas. Você acha que o cordel pode fomentar o interesse por essa leitura? Comente.

9-      No texto 3, o autor fala sobre o comportamento do político brasileiro. Nesse tempo de Covid, a mídia tem noticiado casos de corrupção relacionados à pandemia. Comente algum caso.

10-   Os textos lidos têm uma estrutura de rima no final de cada verso. Escolha a alternativa que mais se assemelhe. ( Exemplo: A rima com A, B rima com B)

a-      AABBCCA

b-      ABAABAE

c-       ABCABCC

d-      ABABCCB

 

ATIVIDADE 2:

O cordel- mesmo sendo poema- explicita, na maioria das vezes, assuntos- os quais precisamos ter uma visão analítica e crítica, assim como um artigo de opinião.

 

Escreva um pequeno texto dissertando sobre o assunto do texto 1.

1º parágrafo é a tese: Explique o que é xenofobia.

2º parágrafo é argumentação: fale sobre tipos de xenofobia contra o povo nordestino que são notados na sociedade.

3º parágrafo é argumentação: diga se existem leis relacionadas a isso.

4º conclusão: pensando no tamanho do nosso país e na diversidade, o que podemos levar em consideração para não sermos xenofóbicos?

enviar atividades e duvidas para o e-mail: 

patriciaalves72@hotmail.com

 

 

 

 


Comentários

  1. Bom dia professora, não consegui visualizar nenhum dos textos em formato de imagem.

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  2. professora os textos não aparece a imagem

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  3. Professora, os textos não estão aparecendo.

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