PATRICIA PORTUGUES ATV 5
PROF. PATRICIA - PORTUGUES - 1ºA, 1ºB, 1ºC, 3ºA e 3ºB
ATIVIDADES PARA O 1ºA, 1ºB e 1ºC
ATENÇÃO: NÃO ESQUEÇA DE PÔR NOME, NÚMERO E SÉRIE;
NÃO
ESQUEÇA DE ENVIAR SOMENTE AS RESPOSTAS, PREFERENCIALMENTE DIGITADAS.
SE FOR FOTO DO CADERNO, AS ATIVIDADES DEVEM SER
FEITAS À CANETA E A FOTO DEVE ESTAR LEGÍVEL;
ATIVIDADE 1-
Panorama
O Renascimento
Como vimos na atividade anterior, no Humanismo começou a ocorrer a
mudança da visão teocêntrica medieval para uma visão antropocêntrica. Deus e a
religião foram deixando de ser o centro das preocupações, e o ser humano
começou a ser considerado a razão da existência do Universo. A Renascença
difundiu-se na Europa durante os séculos XV e XVI e aboliu costumes e
instituições que haviam dominado essa região por quase mil anos.
O Renascimento ou Renascença foi um
movimento artístico, científico e filosófico que teve início na Itália nos
séculos XV e XVI e pregava o retorno aos ideais da Antiguidade greco-latina,
principalmente a valorização do ser humano e de suas capacidades. No período
renascentista, houve também um grande desenvolvimento tecnológico, econômico e
científico. Muitas das conquistas da época repercutem até hoje na vida das
pessoas.
Inovações tecnológicas
O período do Renascimento foi marcado pela expansão marítima e por
inovações científicas e tecnológicas, como o desenvolvimento da astronomia, o aprimoramento das
técnicas de navegação, a invenção da bússola, da pólvora e da imprensa. A
invenção da imprensa, por exemplo, propiciou a disseminação de ideias e de
conhecimentos, promovendo a evolução da produção literária da Europa. Tudo isso
marcou profundamente a sociedade da Renascença, modificando sua visão de mundo e, consequentemente, sua produção
artística.
Características e consequências do Renascimento
O Renascimento é considerado pelos historiadores o início da Idade
Moderna. Nesse período, ocorreram também grandes revoluções políticas,
econômicas e culturais, entre elas:
• a decadência dos senhores feudais;
• a substituição da economia de subsistência feudal pelas atividades
comerciais;
• a ascensão da burguesia, que enriquecia graças ao comércio;
• o surgimento de novas profissões e o desenvolvimento de pequenas
indústrias artesanais;
• o financiamento das criações artísticas pela burguesia (mecenato);
• a perda do monopólio da arte pela Igreja;
• o início do Absolutismo, regime em que o poder se concentrava nas mãos
dos reis.
Com o desenvolvimento das cidades, novas formas de relacionamento
social, decorrentes da vida urbana, substituíram as
relações fechadas da sociedade feudal.
A visão de mundo renascentista
No Renascimento, o ser humano voltou o seu olhar sobre si mesmo.
Ressurgiram os estudos nos campos das ciências humanas, nos quais o próprio ser
humano tornou-se objeto de observação, ao mesmo tempo em que era o observador.
Classicismo em Portugal
Embora na Itália o Classicismo tenha se insinuado em meados do século
XIII, é apenas em 1527, com Sá de Miranda, que o movimento tem
início em Portugal. Influenciado pelo dolce stil nuovo, “doce
estilo novo”, em tradução livre, que aprendera na Itália, Sá de Miranda
introduz à literatura o gênero do soneto decassílabo, que ficaria
conhecido como “medida nova”, em oposição à “medida velha”, a das redondilhas
(cinco ou sete sílabas métricas).
Foi predominante no
Classicismo português a temática do neoplatonismo,
escola filosófica que retomava a filosofia amorosa de Platão, tratando o amor não a partir
da sensualidade, mas por seu viés
filosófico e religioso.
Além disso, os poetas do período valorizaram sobretudo os grandes feitos nacionais,
as conquistas do povo português, assunto da poesia épica. Pode-se entender,
portanto, que o Classicismo em Portugal voltou-se para dois principais
temas: amor e bravura.
Principais autores e obras
·
Francisco de Sá de Miranda
(Coimbra, 1481 – Amares, 1558)
Precursor
do Classicismo português, foi o responsável pela introdução do verso decassílabo em Portugal. Teve
algumas poesias publicadas no Cancioneiro geral (1516),
compilado antológico da poesia humanista.
Introduziu
também, em língua portuguesa, as formas da canção da sextina e as produções em
tercetos e em oitavas, sendo responsável
pela formação dos poetas portugueses, tendo grande influência
na literatura que se desenvolveu no período.
Eram
parte de suas temáticas
a reflexão moral, filosófica e política, além do lirismo amoroso.
Escreveu também textos dramatúrgicos e cartas em forma de verso.
·
Luís Vaz de Camões
(1524/1525-1580)
O berço
de nascimento de Camões é
incerto: provavelmente Lisboa, provavelmente em 1524 ou 1525, mas as cidades de
Coimbra, Santarém e Alenquer também reivindicam ser o local onde o poeta
nasceu.
De origem fidalga, Camões
teve uma educação sólida e era conhecedor de história, geografia e literatura. Deu
início ao curso de Teologia na Universidade de Coimbra, que abandonou por levar
uma vida
incompatível com os preceitos religiosos. Conquistador, Camões
teve muitas paixões e seus versos eram muito prestigiados pelas damas da corte.
Envolveu-se em duelos e fez inimizades, o que o levou a alistar-se e
embarcar, como soldado, para Ceuta, lutando contra os mouros e perdendo o olho
direito em combate. Já em liberdade, embarcou para a Índia, em 1554, e viveu
também em Macau. Salvou-se de um naufrágio em 1556, levando consigo os
originais de sua mais célebre obra, o poema épico Os Lusíadas.
Morreu em Portugal, em 1580.
Camões é considerado o mais importante poeta de língua
portuguesa e um dos maiores da literatura universal. Sua produção
literária é múltipla e contempla tanto as formas eruditas quanto
as formas populares, de trovas, inspiradas em velhas cantigas
medievais. A obra de Camões pode ser dividida em dois eixos principais: a
poesia lírica e a épica.
A lírica camoniana é composta
principalmente de temas amorosos, bastante influenciada pelo
neoplatonismo, que convive com os temas sensuais, estabelecendo quase sempre
uma contradição. As antíteses da presença-ausência, amor
espiritual-amor carnal, vida-morte, sonho-realidade são muito presentes em seus
poemas, o que o torna um antecipador do movimento maneirista.
Além disso, Camões compôs na chamada “medida velha”, as
redondilhas, ligadas à tradição popular, e na “medida nova”, o
poema decassílabo, forma preferida para a exposição de temas e sentimentos
complexos.
·
Os Lusíadas
Camões
ficou muito conhecido por seu trabalho como sonetista, mas sua grande obra
foi Os Lusíadas, poema épico de cunho nacionalista que
exalta o período das Grandes Navegações portuguesas. Inspirado em Virgílio e
Homero pela forma e pelo tema, Camões utiliza-se também da mitologia
greco-romana para tecer a epopeia: Baco teria se voltado contra os portugueses,
por ser dono dos territórios indianos, e Vênus, por gostar do povo lusitano,
estaria a seu favor.
Assim, a
viagem real de Vasco da Gama mistura-se a essa narrativa mitológica. Escritos
em 10 cantos com oito estrofes cada um, Os
Lusíadas é obra de linguagem
culta e elevada,
conforme a característica da poesia épica, e canta heroicamente os reis e os
fidalgos portugueses a partir da conquista dos novos territórios, adicionando
também outros episódios gloriosos da história de Portugal.
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/classicismo.htm
Texto 1- Soneto nº 11 de Camões
Amor é fogo que arde sem
se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor
Texto 2- 1
Coríntios 13:1-6
Ainda que eu fale as
línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa
ou como o prato que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba
todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover
montanhas, mas não tiver amor, nada serei.
Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e
entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me
valerá.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja,
não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não
se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se
alegra com a verdade.
Texto 3
Monte castelo
Ainda que eu falasse a língua
do homens
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
O amor é o fogo que arde
sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
Ainda que eu falasse a língua
dos homens
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria
É um não querer mais que
bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
É um estar-se preso por
vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata a lealdade…
Ouça a música
https://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/monte-castelo.html#play:album:as-quatro-estacoes-ao-vivo
Após a leitura responda:
1- O
Renascimento é considerado o início da era moderna. Principalmente por causa
das grandes invenções tecnológicas. Hoje no séc. XXI, vivemos também uma grande
era das invenções. Quais das invenções citadas no texto influenciou hoje e
quais são as mais usadas por nós?
2- O
que as invenções citadas trouxeram de bom e ruim para a humanidade?
3- Depois
de uma época de grandes críticas no humanismo, o homem começa a pensar nas
verdades universais, como por exemplo o fato de o Sol ser uma bola de fogo.
Hoje vemos nas redes sociais alguns questionamentos duvidosos sobre essas
verdades. Comente.
4- Nesse
século, Sá de Miranda trouxe a medida nova de poesia que é o soneto: com todos os
versos decassílabos, ou seja, 10 sílabas poéticas. Consulte o poema de Camões
lido e fale sobre sua estrutura: Quantos versos? Quantas estrofes?
5- Como
já vimos, o poema lírico é aquele cheio de sentimentalismo e emoções. Fale
sobre o lirismo no soneto de Camões.
6- Camões
se baseou no texto bíblico de Corintius para escrever o soneto. E Renato Russo
da Banda Legião Urbana se baseou nos dois textos anteriores. Nos três textos, o
amor é abordado com o mesmo valor? Comente.
7- Por
que podemos dizer que um texto de mais de 2000 anos, outro de aproximadamente
500 anos e um de 50 anos podem falar do mesmo tema, criando assim a
intertextualidade?
8- Se
as pessoas vivessem esse amor citado nos textos, como seria a sociedade?
9- Você
já conhecia esses textos? O que mais chamou a atenção neles.
10- Muitas pessoas não se encontraram com o hábito
de ler, mas usando um meio digital, qual ou quais outras formas podemos
enriquecer nosso conhecimento?
Atividade 2
Nascida
no ano de 1983 no bairro de Jardim Iporanga, periferia Sul de São Paulo,
Elizandra viveu dos dois aos 13 anos em Nova Soure (BA), terra natal dos pais.
No ano de 1996 retornou a São Paulo e conheceu o hip-hop. Criou um fanzine de
poesias, começou a frequentar a Cooperifa no ano de 2004 e participou de um
jornal experimental como o objetivo de dar voz à periferia – o “Becos e
Vielas”. Em 2006, conquistou uma bolsa universitária pelo Prouni e começou a
cursar jornalismo. Foi então que recebeu um convite da Ação Educativa para
escrever a Agenda Cultural da Periferia. Confira a entrevista que a poetisa
concedeu ao Polifonia Periférica.
PP – Como vc começou a escrever
poemas? Você foi diretamente para a poesia ou passou por outros gêneros? Quais
suas maiores influências?
Elizandra
– Eu sempre escrevi mais em diário e não mostrava para ninguém, mas minhas
irmãs adoravam roubar para ler escondido, devia ser uma leitura interessante
(risos). Em 2001 criei o Fanzine Mjiba e comecei a publicar meus poemas nessa
publicação, era uma publicação para divulgar cultura negra e hip hop, minhas
descobertas sobre identidades negras ou afro-brasileiras e queria compartilhar
com as pessoas. Esse fanzine durou de 2001 a 2005. Mjiba quer dizer Jovem
Mulher Revolucionária, palavra da Língua Chona de Zimbabue. Mjibas foram as
mulheres guerrilheiras que lutaram pela Independência de seu país – Zimbabue.
Tenho mais afinidade com a
poesia, mas escrever alguns contos para publicá-los na Antologia Afro
Brasileira Cadernos Negros.
Minhas influencias são várias,
mas tenho me focado na escrita de mulheres negras como Conceição Evaristo,
Maria Tereza, Paulina Chiziane (Moçambique), Zora Neale Hurston
(Afro-americana) e J.Nozipo Maraire (Zimbabue), Alice Walker, Toni Morrison,
Dinha, Raquel Almeida, Elisa Lucinda, entre outras.
PP – Como você concilia a
poesia com o trabalho cotidiano?
Elizandra –
Eu tenho o privilégio de fazer a Agenda Cultural da Periferia trabalho na Ação
Educativa, uma ONG de Educação e ter um coordenador como Eleilson Leite que me
proporciona flexibilidade. Trabalho 5 horas como Jornalista. O restante do meu
tempo eu dedico a poesia, frequento aulas de inglês e pilates. E frequento
muitas atividades culturais que acontecem nas periferias de SP. Sempre que
preciso me ausentar para participar de atividades relacionadas a poesia, é
muito tranquilo.
PP
– De onde vem a inspiração para sua poesia?
Elizandra
– A maior inspiração são as minhas vivências, mulheres negras que
persistem em condições adversas, sorrisos, alegrias, lutas, elementos da
natureza. A minha poesia é banhada de simplicidade, de identificação com a
cultura afro-brasileira, as ruas, o Hip Hop me inspira muito.
PP – O que há de mais forte
e marcante em sua poesia?
Elizandra
– A vontade que o texto revele que eu sou uma mulher negra mesmo
que eu não utilize essas duas palavras, as vezes consigo, as vezes não. Mas é
essa necessidade de falar da mulher negra, de protestar
contra o machismo e o racismo.
PP – Diga cinco palavras que definem
a sua poesia e cinco palavras que definem a mulher Elizandra Souza.
Poesia: Uterina
– identidade negra – Feminina – Amor – Fertilidade
Elizandra: Inquieta
– Curiosa – Sensível – Observadora – Atenciosa
PP –
Deixa uma mensagem final.
Elizandra –
Quero deixar um poema:
CALAR
O GRITO/GRITAR O SILÊNCIO…
Entoa a canção…
Harmoniza os passos descompassados
Pulsam de vida: a voz, a vida e a rima
As crianças ouvem o silêncio das palavras
Os homens insultam os gritos das crianças
As mulheres desejam os silêncios e os gritos
Os gritos e os silêncios….
Neste ritmo…
O silêncio…
O grito…
O silêncio…
O grito…
O grito…
O silêncio…
No fundo elas vão calar o grito…
E gritar o silêncio…
Calar o grito!
Gritar o silêncio!
Confira a entrevista completa:
https://www.polifoniaperiferica.com.br/2012/10/27/entrevista-conheca-um-pouco-da-poetisa-elizandra-souza/
Responda:
1- Qual
é o objetivo de uma entrevista?
2- Quais
veículos de comunicação costumam realizar entrevistas?
3- Existem
outros tipos de entrevista, além da jornalística. Cite outro.
4- Uma
entrevista pode ser importante para a sociedade? Explique.
5- Normalmente
numa entrevista são reproduzidas as falas do entrevistador e do entrevistado. Se
os relatos forem alterados o que pode acarretar?
6- Numa
entrevista escrita há sinais de pontuação, os quais são muito utilizados. Quais
são eles e para que servem?
7- Para
produzir uma entrevista são necessários alguns itens como: definição do tema, roteiro, título e
revisão. Por que seguir esses passos é importante?
8- O entrevistador ao fazer as perguntas utiliza alguns
verbos.Exemplos: Como vc começou a escrever poemas? Você foi diretamente para a
poesia ou passou por outros gêneros? Como você concilia a poesia com o trabalho
cotidiano? De onde vem a inspiração para sua poesia? O que há de mais forte e
marcante em sua poesia? Diga cinco palavras que definem a sua poesia e cinco
palavras que definem a mulher Elizandra Souza? Qual o objetivo de usar esses
verbos?
9-
Em todo texto temos elementos conectores, ou seja, palavras que
fazem a ligação entre outras palavras ou entre orações.Leia o trecho: “Eu sempre
escrevi mais em diário e não mostrava para ninguém, mas minhas irmãs adoravam
roubar para ler escondido, devia ser uma leitura interessante (risos). Em 2001
criei o Fanzine Mjiba e comecei a publicar meus poemas nessa publicação...” Nele
temos os conectores mas-e. Qual sentido eles dão para as orações?
10-
No poema, nos dois últimos versos, há um trocadilho com os
verbos e substantivos. Como podemos interpretar o efeito desses dois versos?
enviar atividdes e duvidas para o e-mail:
patriciaalves72@hotmail.com
ATIVIDADES PARA O 3ºA e 3ºB
ATENÇÃO: NÃO ESQUEÇA DE PÔR NOME, NÚMERO E SÉRIE;
NÃO ESQUEÇA DE ENVIAR SOMENTE
AS RESPOSTAS, PREFERENCIALMENTE DIGITADAS.
SE FOR FOTO DO CADERNO, AS ATIVIDADES DEVEM SER FEITAS À CANETA E A
FOTO DEVE ESTAR LEGÍVEL;
ATIVIDADE 1-
A obra literária que conta histórias
através de rimas
A literatura de cordel é popularmente conhecida
como a literatura tradicional da cultura popular brasileira, principalmente nas
regiões Norte e Nordeste do Brasil, especialmente nos estados do Pará,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e Ceará.
Os poemas de cordel são escritos em forma de rima acompanhados de
algumas ilustrações.
Recitados de forma melódica, o cordel é a divulgação das tradições
populares, da arte, além de ter uma grande importância para a manutenção das
identidades locais e das tradições literárias de cada região.
Também conhecido como folhetos, eles eram vendidos em feiras, bancas e
mercados. O nome de cordel é original de Portugal, que tinha a tradição de
pendurar folhetos em barbantes.
Origem
da literatura de cordel
Em países como Espanha, França e Itália, a literatura de
cordel começou a ganhar notoriedade no decorrer do século XII, ganhando mais espaço
durante o período do Renascimento.
Já no Brasil, o gênero literário chegou através dos
portugueses no final do século XVIII. Na segunda metade do século XIX começaram
as impressões dos primeiros folhetos brasileiros, com suas próprias
características.
Não há limite para a criação dos folhetos, pois temas do
cotidiano, religiosos, lendas, episódios históricos, entre outros, podem se
encaixar perfeitamente dentro desse segmento.
Repente
X Cordel
Apesar da semelhança entre as duas representações
culturais, se destacando no Nordeste do Brasil, o repente e o cordel são
manifestações distintas. O repente é interpretado pelos repentistas, e a poesia
é encenada de forma improvisada e acompanhada de instrumentos musicais.
Já a literatura de cordel é feita pelos cordelistas,
divulgada em folhetos e elaborada por poesia que leva traços da
oralidade.
Características
do cordel
Normalmente ilustrados por gravuras, chamadas de xilogravuras, a literatura
de cordel possui uma estrutura de estrofe que pode ter seis, oito ou dez
versos. Além disso, algumas características são:
• Presença de rimas, métricas e oralidade;
• Utilização do humor, sarcasmo e ironia;
• Possui uma essência cultural, pois relata tradições
culturais regionais e contribui para a continuidade do folclore brasileiro;
• São baratos e por isso atingem um grande público e isso
acaba sendo um incentivo à leitura;
Estrutura do cordel
• Quadra –
uma estrofe de quatro versos;
• Sextilha – uma estrofe de seis versos;
• Setilha – uma estrofe de sete versos, essa é a mais rara;
• Oitava – uma estrofe de oito versos;
• Quadrão – os três primeiros versos rimam entre si, o quarto
com o oitavo e o quinto, o sexto e o sétimo também entre si;
• Décima – uma estrofe de dez versos;
• Martelo – estrofes formadas por decassílabos (estes são
muito comuns em desafios e versos heroicos);
Autora:
Jarid Arraes (Juazeiro do Norte, 12 de fevereiro de 1991) é
uma escritora, cordelista e poeta brasileira,
autora dos livros As Lendas de Dandara, Heroínas Negras
Brasileiras em 15 cordéis, Um buraco com meu nome e Redemoinho
em dia quente. Atualmente vive em São Paulo, onde criou o Clube da Escrita Para Mulheres. Até o momento,
tem mais de 60 títulos publicados em Literatura de
Cordel, incluindo a
coleção Heroínas Negras na História do Brasil.[1][2]
Texto 1 –
Jarid Arraes
1-
Qual o assunto abordado no texto 1?
2-
Quanto a estrutura, há quantos versos?
3-
Que tipo de linguagem é utilizada?
4-
No texto 1, qual o sentido do uso das aspas?
Texto
2:
Texto
3:
Texto 4:
PERFIL
DO POLÍTICO BRASILEIRO
Autor:
Varneci Nascimento
Ser
enganador, mentir
Enrolar, ser
trambiqueiro
Gostar de
fazer promessa
Não pagar, ser trapaceiro
Eis os requisitos básicos
Do político brasileiro.
Fazer tudo por dinheiro
Detestar
pessoa séria
Não importar
se o povo
Tá morrendo
na miséria
Quando
escutar falar dela
Achar que isso é pilhéria.
Se a fome deletéria
Castiga um
desempregado
Ao saber
dessa notícia
Fingir-se penalizado
Porém, quando
for comer
Não lembrar
do esfomeado.
Varneci Santos do Nascimento nasceu na cidade de Banzaê, Bahia, no dia 24 de
abril de 1978. Revelação da poesia popular, é autor de cerca de 200
folhetos de Cordel. Seu primeiro folheto foi escrito em 1998. Graduado em
História pela Universidade Estadual da Paraíba, profere palestras e ministra
oficinas sobre literatura de cordel.
Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/literatura-de-cordel-e-politica/
5- Qual o assunto tratado no texto 2, 3 e 4?
6- É comum termos temas sociais nos cordéis, mesmo muitas pessoas tendo em mente que os habitantes do sertão do nordeste não têm instrução, são ignorantes. O que você pensa sobre esse pensamento?
7- No texto 2, há vários pontos de interrogação. Que intenção o uso quer causar no leitor?
8- Há quem diga que não gosta de ler poemas. Você acha que o cordel pode fomentar o interesse por essa leitura? Comente.
9- No texto 3, o autor fala sobre o comportamento do político brasileiro. Nesse tempo de Covid, a mídia tem noticiado casos de corrupção relacionados à pandemia. Comente algum caso.
10- Os textos lidos têm uma estrutura de rima no final de cada verso. Escolha a alternativa que mais se assemelhe. ( Exemplo: A rima com A, B rima com B)
a- AABBCCA
b- ABAABAE
c- ABCABCC
d- ABABCCB
ATIVIDADE 2:
O cordel- mesmo sendo poema- explicita, na maioria das vezes, assuntos- os quais precisamos ter uma visão analítica e crítica, assim como um artigo de opinião.
Escreva um pequeno texto dissertando sobre o assunto do texto 1.
1º parágrafo é a tese: Explique o que é xenofobia.
2º parágrafo é argumentação: fale sobre tipos de xenofobia contra o povo nordestino que são notados na sociedade.
3º parágrafo é argumentação: diga se existem leis relacionadas a isso.
4º conclusão: pensando no tamanho do nosso país e na diversidade, o que podemos levar em consideração para não sermos xenofóbicos?
enviar atividades e duvidas para o e-mail:
patriciaalves72@hotmail.com
Bom dia professora, não consegui visualizar nenhum dos textos em formato de imagem.
ResponderExcluirprofessora os textos não aparece a imagem
ResponderExcluirProfessora, os textos não estão aparecendo.
ResponderExcluir