RAIMUNDO FILOSOFIA



PROF. RAIMUNDO - FILOSOFIA - 1ºA,1ºB,1ºC,1ºE,2ºA,2ºB,3ºA,3ºB,3ºC,1ºTA,1ºTB,2ºTA,2ºTB e 3ºTA


ATIVIDADES PARA OS PRIMEIROS ANOS MEDIO e EJA


FILOSOFIA: A PROPBLEMTAICA DO SER EM HERÁCLITO E PARMÊNIDES (filósofos pré-socráticos)
Duas concepções dominaram o pensamento filosófico durante bastante tempo: por um lado, as ideias de Parmênides e, por outro, o pensamento de Heráclito. Heráclito defendia a ideia de um mundo contínuo, enquanto Parmênides definia um ser único, um ser imóvel.
O conflito de pensamento de Parmênides e Heráclito é fundamental, pois pode ser considerado o primeiro choque de ideias que ainda hoje tem força, afastando-se lentamente da Filosofia da Natureza e do misticismo de Pitágoras.  A seguir, os conceitos e os pensamentos mais significativos dos dois filósofos, pontuando as diferenças entre eles.
A FILOSOFIA DE PARMÊNIDES
Parmênides nasceu em Eleia, na Itália, por volta de 530 a. C e a sua filosofia define que o ser é único, imutável, infinito e imóvel, sempre idêntico a si mesmo. O filósofo também defende que a aparência sensível do mundo não existe. O que o filósofo quer dizer é que o nosso conhecimento sensitivo das coisas só nos dá uma ilusão do movimento, uma aparência, sendo que apenas o conhecimento intelectivo permite com se conceba a realidade como idêntica a si mesma.
Parmênides parte da ideia de tentar ordenar a realidade a partir das classes “aquelas que são” e “aquelas que não são”. Por exemplo, ao observar a luz e a escuridão, notou que a escuridão nada mais era que a negação da luz. Após denominar esses pares de opostos como “ser” (positiva) e “não-ser” (negativa), Parmênides postulou também que “O Ser é e o Não-Ser Não é”.
O PENSAMENTO DE HERÁCLITO
Heráclito defendia a ideia de um mundo contínuo, um mundo em constante movimento, onde nada permanece idêntico a si mesmo, e sim transforma-se no seu oposto (negação, contradição). O filósofo utilizou uma metáfora da vela acesa: ao vermos a chama acesa de uma vela, temos a impressão de que é sempre a mesma, no entanto, estamos vendo um processo de transformação que ocorre naquele mesmo instante, em que a cera da vela é transformada em fogo, o fogo em fumaça e a fumaça em ar.
Heráclito também foi conhecido como Skoteinós (“O Obscuro”) pelo fato de os seus pensamentos parecerem, muitas vezes, contraditórios e sem sentido.
O filósofo também aborda a divisão do universo entre dois pólos, “seres” e “não-seres” e enxerga uma unidade entre eles. No entanto, existe uma diferença com o pensamento de Parmênides: enquanto a unidade de Parmênides é idêntica e imutável, a de Heráclito está entre dois polos, isto é, mesmo que o Ser e o Não-Ser sejam parte e coabitem o mesmo, não podem ser descartados como simples ilusões.


QUESTÕES SOBRE O TEXTO

1   1)  SEGUNDO O FILÓSOFO HERÁCLITO DE ÉFESO,  QUAL É O RINCÍPIO GERADOR DE TODAS AS COISAS, OU SEJA, O QUE SIGNIFICA A MUDANÇA NA SUA CONCEPÇÃO?

2   2)  UAL A DIFERENÇA ENTRE HERÁCLITOE PARMÊNCIDES?

3   3)   SEUNDO PARMÊNIDES, A MUDANÇA É PURA ILUSÃO. TODAVIA, É NO MUNDO DA MUDNAÇA E, PORTANTO, NO MUNDO DA CHAMADA ILUSÃO QUE VIVEMOS O NOSSO COTIDANO.  NO SEU ENTENDIMENTO, O MUNDO DAS ILUSÕES É UMAILUSÃO DE MUNDO? POR QUÊ?




ATIVIDADES PARA OS SEGUNDOS ANOS  MEDIO e EJA


A FILOSOFIA: "FILHA DA CIDADE"


            Quando a Filosofia surge na Grécia Antiga e se consolida na cidade de Atenas que naquela época havia se tornado um centro intelectual e cultural, a Filosofia vai adquirir uma característica bastante peculiar. Filósofos como Sócrates, Platão, Aristóteles e os Sofistas vão concentrar boa parte de suas reflexões em torno das discussões antropológicas, quer dizer, em torno do próprio homem, do ponto de vista individual, normativo, social, político e existencial.
            Por sua ênfase nas discussões antropológicas e em torno da realidade política ateniense o historiador da Filosofia, Jean-Pierre Vernant, chegou a declarar que a Filosofia é "filha da cidade", ou seja, havia uma preocupação por parte de tais pensadores em discutir o papel social e coletivo dos indivíduos e esta preocupação era tão forte que Aristóteles chegou a definir o homem como um "zoon politikon", um "animal político".
            A ágora (praça pública) era o lugar privilegiado onde o debate em torno dos problemas políticos e sociais enfrentados pelos cidadãos atenienses se realizavam.   
            Vale lembrar que a Grécia Antiga é o berço da Democracia (governo do povo) e, pela primeira vez, os cidadãos poderiam participar diretamente da coisa pública (res pública). Assim surge, se assim podemos dizer, a Filosofia Política.
            Os primeiros grandes mestres do pensamento político foram, sem dúvida, Platão e Aristóteles. Ambos procuraram sistematizar suas ideias escrevendo obras cuja importância são reconhecidas ainda hoje, o primeiro, é autor do clássico A República e o segundo, autor de Política. Obras fundamentais para quem quer conhecer um pouco da história e das ideias em torno do fenômeno do poder.
            Filosofia e Política têm mantido, entre si, ligações antigas. Platão oferece aquele que pode ser o seu mais forte paradigma. O filósofo rei, aquele que está apto a exercer uma função pública de administrar a cidade e que pode fazer passar, para a ordem instável do mundo sensível e na qual se encontra a cidade, a imutabilidade do mundo das ideias, o mundo da verdade. Já com o filósofo alemão Karl Marx nós encontramos um outro modelo. Pois agora a verdade é a dialética do movimento do mundo material (o mundo das ideias platônico é uma quimera, só existe o mundo sensível, material) histórico e da luta de classes entre opressores e oprimidos.  Marx, além disso, denuncia a filosofia que, ocupando-se apenas em interpretar o mundo, esquece de transformá-lo. Mas a práxis revolucionária marxista, que fique bem claro, não é uma práxis que se faria às cegas. Toda práxis demanda sua teoria, e cabe à filosofia, então revolucionária indicar-lhe o seu portador.
            Marx pesquisou a história da humanidade. Foi um pensador, um estudioso, que queria entender a sociedade. Sua grande contribuição foi uma profunda análise sobre o sistema Capitalista e como esse modelo de organização política e Econômica favorece a ampliação das desigualdades sociais. E de como esse modelo revela uma sociedade que não é uma sociedade preocupada com o bem estar geral, é uma sociedade preocupada em vender, a sociedade do lucro, por isso que é a sociedade do capital, não a sociedade do social, é a sociedade que só quer se manter para que cada vez mais seja produzido mais e mais lucro. A sociedade avança muito com a tecnologia, começa a produzir muito, mas o social fica para trás.
            O Capitalismo que tem suas origens no Liberalismo político com John Locke e se consolida com o Liberalismo econômico de Adam Smith. A ideia de que o homem é livre e o Estado existe apenas para garantir o direito à vida, à liberdade e o direito da propriedade faz com que Locke seja considerado o pai do liberalismo político. A ideia de que essa liberdade tem que ser garantida dentro das relações de mercado, ou seja, o Estado tem que intervir o mínimo possível na economia faz com que Adam Smith seja considerado o pai do liberalismo econômico. E a crítica a este pensamento é feita por Karl Marx. Mas a ideia de que a propriedade privada é algo natural e tem que ser garantida pelo Estado é criticada antes mesmo de Marx, por Jean-Jacques Rousseau. O primeiro homem que cercou um lote de terra e disse “isso aqui é meu”, afirma Rousseau, causou um dos maiores males para a humanidade, pois com a surgimento da propriedade privada teve origem as desigualdades sociais. Rousseau estabelece dessa forma a instituição da propriedade privada e da desigualdade social como o principal problema da organização política.
            Mas estas não são as únicas contribuições que a Filosofia pode oferecer em torno da análise do pensamento político. Em todas as épocas os filósofos sempre se pré-ocuparam com a questão social e pensaram a respeito. Como é o caso do renascimento e da modernidade. No renascimento o pensamento político de Nicolau Maquiavel caracterizou-se pela reflexão crítica sobre o poder e o Estado. Em O Príncipe”, Maquiavel secularizou a filosofia política e separou o exercício do poder da moral e religião cristã. Diplomata e administrador experiente, cético e realista, defende a constituição de um estado forte e aconselha o governante a preocupar-se em conservar o Estado, pois na política o que vale é o resultado. O príncipe deve buscar o sucesso sem se preocupar com os meios. Com Maquiavel surgiram os primeiros contornos da doutrina da razão de estado, segundo a qual a segurança do estado tem tal importância que, para garanti-la, o governante pode violar qualquer norma jurídica, moral, política e econômica. Maquiavel foi o primeiro pensador a fazer distinção entre a moral pública e a moral particular e o primeiro defensor da autonomia da esfera política, sobretudo em relação à moral e a religião, quer dizer, fora de qualquer preocupação de ordem moral e teológica. Além disso, Maquiavel rejeita os sistemas utópicos, a política normativa dos gregos e procura a verdade efetiva, ou seja, como os homens agem de fato.
            Fazendo uma clara alusão às utopias desde Platão até Thomas Morus e Tommaso Campanella, Maquiavel distancia-se também dos tratados sistemáticos da escolástica medieval e propõe estudar a sociedade pela análise dos fatos, sem se perder em vãs especulações. Ao observar a história dos fatos, Maquiavel constata que os homens sempre agiram pelas formas de violência e da corrupção e conclui que o homem é por natureza capaz do mal e do erro. Às utopias opõe um realismo antiutopista através do qual Maquiavel pretende desenvolver uma teoria voltada para a ação eficaz e imediata.
            Também é possível encontrar um certo realismo político nas análises da pensadora contemporânea Hanna Arendt. Arendt analisa a aproximação entre filosofia e política e entende que o político e o filósofo não se confundem, pois enquanto um busca um conhecimento abstrato e complexo sobre algo que é uma espécie de ser, o outro se preocupa com as ações, atos e posicionamentos que uma pessoa deve ter. Segundo ela, a filosofia tenta demasiadamente ser neutra para poder se posicionar. São discussões sobre o que é plausível, o que é lógico, o que faz sentido dentro de um esquema teórico, enquanto o político se importa mais com o que faz sentido dentro de um aspecto mais real, mais concreto. 
            Vemos assim como o problema político evidencia o problema social – sua organização, seus mecanismos – e ambos têm ocupado os filósofos em todos os tempos. Nesta seção você poderá aprofundar algumas das ideias aqui esboçadas, seja na Filosofia Antiga, através das ideias de Platão e Aristóteles, seja na Filosofia Moderna, mergulhando no pensamento de Maquiavel, Rousseau ou dos economistas clássicos, seja na Filosofia Contemporânea, através do pensamento de Marx, Arendt, a Escola de Frankfurt, dentre outros.
            Através destes pensadores, a filosofia se projeta para o campo da política, para pensar os desafios do convívio sócio político, enfrentar e debater de perto a lógica das regras que devem presidir o jogo das relações políticas, para propor-se a avaliar o confronto de valores na esfera pública, para pôr a nu a presença do mecanismo Ideológico como mascarador do poder nas relações sociais, para apresentar a utopia que guia o raciocínio em direção a ruptura com as mazelas do sistema estabelecido quando apresenta traçado um Estado Ideal, para criar alternativas reflexivas e críticas para a superação da crise política e se debruçar sobre as formas de Estado. Se a filosofia pensa o poder, pensa os limites do poder, se pensa a justiça, discute as injustiças. É neste sentido que seu papel e sua função social vêm exatamente descritos por esta sua intromissão na dimensão das questões de relevância política e de relevância social, na governança dos interesses comuns.
            Vieira (2006) ressalta a importância, e até a necessidade, de a filosofia não perder o vínculo com suas raízes, ou seja, manter o seu papel reflexivo em torno de espaço público, a partir da ágora, onde ocorriam as assembleias dos cidadãos atenienses e onde se tomavam as decisões na organização da polis. “Pergunto, o que caracteriza a atividade intelectual da Academia de Platão ou do Liceu de Aristóteles, senão o de tornarem-se espaços privilegiados de reflexão sobre a vida política da cidade?” (id., 2006, p. 107). Por isso a filosofia continua a ser uma importante aliada da sociedade, no sentido de indicar aos seus cidadãos a necessidade de refletir sobre as mais diversas situações que envolvem as relações humanas e sociais e o que podemos fazer para melhorar tais relações e viver em uma sociedade efetivamente mais democrática e mais justa.



QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS SOBRE O TEXTO – A FILOSOFIA: “FILHA DA CIDADE”

1    1 -      Segundo o texto, por que a Filosofia é considerada “filha da cidade”, e não do campo?

2    2 -      Qual a concepção de Platão sobre o poder político, isto é, de como deveria se constituir o poder político na polis (cidade) e quem estaria apto para ser o governante do povo?

3    3 -      Pesquise: Platão não era adepto da ideia de democracia, e sim de uma certa “Aristocracia do Espírito”. O que isto significa?

4    4 -     Como Maquiavel entendeu a politica? Em que ele inovou em relação aos gregos e aos chamados utópica escolásticos (Thomas Morus e Campanella)?

5    5 -      Segundo Hanna Arendt, em que se diferencia o filósofo do político?

6    6 -       Qual é a ideia de Karl Marx sobre o poder político?

7    7 -      Segundo Rousseau, onde está a origem das desigualdades sociais, cujo maior problema se reflete na organização politica da sociedade?

8    8 -       Segundo Vieira, em que a Filosofia pode nos ajudar na compreensão e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária?

9    9 -      Segundo o texto, por que a Filosofia é considerada “filha da cidade”, e não do campo?

1  10 -  Qual a concepção de Platão sobre o poder político, isto é, de como deveria se constituir o poder político na polis (cidade) e quem estaria apto para ser o governante do povo?

1  11 -  Pesquise: Platão não era adepto da ideia de democracia, e sim de uma certa “Aristocracia do Espírito”. O que isto significa?

1  12 -  Como Maquiavel entendeu a politica? Em que ele inovou em relação aos gregos e aos chamados utópica escolásticos (Thomas Morus e Campanella)?

1  13 -  Segundo Hanna Arendt, em que se diferencia o filósofo do político?

1  14 -  Qual é a ideia de Karl Marx sobre o poder político?

1  15 -  Segundo Rousseau, onde está a origem das desigualdades sociais, cujo maior problema se reflete na organização politica da sociedade?

1  16 -  Segundo Vieira, em que a Filosofia pode nos ajudar na compreensão e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária?



        ATIVIDADES PARA OS TERCEIROS ANOS e EJA




FILOSOFIA MORAL OU ÉTICA

DEFINIÇÃO

O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.
A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos.
Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. Num país, por exemplo, sacrificar animais para pesquisa científica pode ser ético. Em outro país, esta atitude pode desrespeitar os princípios éticos estabelecidos. Aproveitando o exemplo, a ética na área de pesquisas biológicas é denominada bioética.
Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica, ética profissional (trabalho), ética empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, etc.
Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado de antiético, assim como o ato praticado.
DIFERENÇA ENTRE ÉTICA E MORAL
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.


QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS
1- Estabeleça a diferença entre Ética e Moral.
2- Dê o significado etimológico de 
ética e moral.
3-Cite 2 exemplos de valores ético universais que você conhece.
4- A ética dos marginais equivale à ètica universal? Porque?
5- Dê 2 exemplos de valores morais vivenciados e valorizados pela sociedade brasileira.


enviar as atividades para o e-mail: diretorpmsp.rai@gmail.com  

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